Em 2 de outubro de 1950, Charles Schulz deu ao mundo um dos mais emblemáticos personagens das histórias em quadrinhos.
O garoto da camisa amarela completa 60 anos da publicação de sua primeira tirinha chamada na época Lil’ Folks, em preto e branco e inicialmente em sete jornais dos Estados Unidos. De lá pra cá, o Minduim ganhou uma base de fãs enorme. Os números são impressionantes: 17.897 tiras publicadas em 75 países, em 2.600 jornais, quase que ininterruptamente até a morte de Schulz, em 12 de fevereiro de 2000. Sua última tira foi publicada no dia seguinte.
Peanuts – seu título original, Minduim foi batismo do Ziraldo – é considerado um dos pioneiros em licenciamento de marcas. Estima-se que Schulz tenha arrecadado em torno de um bilhão de dólares com todo tipo de produtos baseados no próprio Charlie Brown e também no Snoopy, o beagle que popularizou a raça por aqui, se tornou símbolo da NASA e já deu nome a muitos vira-latas Brasil afora. Seu sucesso foi transposto das tiras para a televisão em formato de especiais e séries, sendo a mais famosa por aqui Charlie Brown e Snoopy.
Link YouTube | Veja a partir de 2’03”. Vai dizer que você nunca passou por isso?
Charlie Brown marcou muito a minha infância e hoje repousa – com Menino Maluquinho e Calvin – na mesma prateleira da memória.
Me identifiquei de cara ao ler suas tiras (não lembro se no finado Jornal do Brasil ou no Globo) justamente por ser um menino real com problemas reais: o garoto desajeitado com sua introspecção, melancolia, reflexões e relações sociais que eram complexas e simples ao mesmo tempo, tratando temas como depressão, sarcasmo e até bullying. Não é por acaso que continua atual seis décadas depois.
Pode parecer papo de velho, mas acho que tiras como essa oferecem muito mais que esse monte de entretenimento pastel-de-vento que inunda a televisão e até os gibis promovendo a violência gratuita ou o consumismo.
Pensando nisso, por que não apresentar a turma do Minduim para os mais novos? Diversão e inspiração totalmente garantidas.
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