A história da humanidade é cheia de mulheres maravilhosas. A maioria delas, acredito, jamais será lembrada.

Algumas foram simplesmente esquecidas, mas um grande número foi marginal e passou longe da pena dos historiadores. Mais recentemente, a mídiocracia, prima pobre da meritocracia — ligada à mídia contemporânea –, se encarregou de guardar o nome de algumas mulheres relevantes que tornaram a vida dos homens muito mais interessante.

Melhor: mulheres interessantes que tornaram nossas vidas mais relevantes.

Esse texto é uma lista arbitrária de algumas delas. A maioria influenciou mesmo foi a vida e o comportamento das mulheres. Nós, homens, somos uma espécie de partido governista querendo se aproveitar das coisas espontâneas e populares, mesmo quando esses eventos vêm para nos prejudicar.

Rainha Vitória

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Foi a primeira mulher a inverter as regras de cortejamento.

Essa deu em cima do próprio marido, contrariando a vontade diplomática de, no mínimo, metade do mundo civilizado do século 19.

Para poder fazer isso, precisou inaugurar um estado de bem-estar social genuíno na Inglaterra da Revolução Industrial. Se, hoje, alguma gatinha dá mole em cima de você sem muita frescura na balada, agradeça à Rainha Vitória. É provável que ela tenha feito isso porque era muito feia. Mesmo assim, o que não faltam são pretendentes para uma jovem rainha. E ela preferiu atacar. Sem Vossa Majestade, ainda seria aquele inferno onde as mulheres sem iniciativa alguma trabalham no conciergerie.

Depois dela, nenhuma mulher podia ser recriminada por querer dar para um cara.

Gabrielle Bonheur Chanel (Coco Chanel)

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Bastaria dizer que ela inventou a mulher de calças e, sem a mulher de calças, não teríamos as mulheres de nas academias.

Isso não basta.

Coco Chanel foi a verdadeira vanguarda do visual feminino do século 20. Ela pegou mulheres bregas, com corpetes impossíveis de serem desamarrados e lhes deu sutiãs com bojo e recortes muito mais interessantes. Se você acha difícil desprender a presilha de um sutiã, imagine um maldito corpete. Coco Chanel foi o sepultamento definitivo da cafonagem feminina francesa institucionalizada. Graças à ela, agora, as mulheres podem usar ternos.

Mulheres com ternos são as melhores coisas que surgiram nos escritórios. Só competindo com a cafeteira, quem sabe.

Bettie Page

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É impossível mapear onde termina a mulher e começa o mito Bettie Page. O pin-up conta uma história de mulheres disfarçadas de submissas que submetem seus homens em troca de sexo desvairado.

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E quem não gosta de sexo desvairado!?

Page não foi só uma heroína que popularizou a pornografia de um período. Ela foi capaz de mostrar como a sociedade é hipócrita, quando tenta recriminar as coisas que mais quer consumir. O movimento estético do pin-up, admito, é independe de Bettie Page.

Mas, convenhamos: sem ela, seria uma pornografia tão covarde e marginal que jamais teria uma penetração realmente influente.

Simone de Beauvoir

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Que mulher! Dona de um amor tão liberal, Simone de Beauvoir não poderia ficar fora da nossa lista arbitrária. Ela realmente é a vanguarda da mulher moderna.

Senhores, era muito raro ver uma mulher comprar polêmicas baratas e irritantes. Simone jamais teve medo de títulos idiotas envolvendo o amplo circulo de relações sexo-afetivas de Jean-Paul Sartre, seu amado.

Ela fez o mundo puritano engolir o desejado liberalismo econômico, testando o mito da liberdade em todos os seus aspectos, inclusive literário, mas muito particularmente o sexual.

Se não bastasse, ainda, foi sepultada junto com o Sartre.

Catherine Elizabeth Middleton (Kate Middleton)

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Alguém pode reclamar que a futura rainha consorte não passa de uma reedição da Lady Di. Mas, por favor, as diferenças, em nome do bom senso, são evidentes. São justamente essas diferenças a tornam um modelo mais influente para a vida boa que os homens levam.

Foi a princesa Diana quem repaginou o sonho brega da princesinha. Mas só Kate Middleton deu para o futuro marido antes do casamento! E isso é profundamente significativo e influente, amigos. Se não bastasse, Kate tem um talento muito reduzido para filantropia; e mulheres filantropas, geralmente, são muito chatas.

No campo estético, além disso, ela repaginou o bom gosto dos chapéus entre as mulheres. Agora, está carregando nos braços um monarca em potencial. William e seu filho, um dia, mandarão no Reino. Mas Kate manda para sempre neles dois.

Sorte deles.

Não saberiam o que fazer.

É claro que minha lista de mulheres que tornaram a vida dos homens mais legal não termina aqui e você pode dar suas sugestões aí nos comentários.

Listo?

Everton Maciel

Everton Maciel é gaúcho e não suporta bairrismo. Só tolera bares que não permitem camisas polo. Nasceu jornalista, mas fez mestrado em Filosofia e mantém um blog próprio, <a>o Blog do Maciel</a>. Tem <a href="https://www.facebook.com/macielmacielmaciel">Facebook</a> e <a href="https://twitter.com/TomMaciel">Twitter</a>"