Acabei de sair de conversa boa e café com o Gui. Ele me perguntava se eu tinha sugestões ao PapodeHomem.

Depois de um ano aqui dentro e muitas seleções de melhores comentários feitas, disse pra ele que um dos maiores ganhos dessa experiência havia sido entender que os processos aqui dentro são bem pouco engessados, são movimento e evolução. Estamos fazendo só o que poderíamos fazer: o que julgamos ser melhor no momento.

Já pensamos que o melhor era x, antes de julgar y melhor, e agora muito provavelmente pensamos z, porque se tem uma coisa que não faz sentido é engessar os processos em produção de conteúdo (alô editoras que estão morrendo).

Minha sugestão, o que eu enxergo ser melhor neste momento, o ponto mais longevo onde chega minha visão, é: precisamos urgentemente aceitar que somos o que somos e que não precisamos servir a todos. Servimos bem para servir a quem quiser consumir. Sempre haverá quem não quer consumir. E tudo bem.

Isso foi fruto de reflexão sobre a quantidade de energia que dispendemos tentando agradar a todos, mesmo quando dizemos o contrário. Simplesmente não vale a pena. A meta é irreal. Desnecessária, até, já que tem tanta gente produzindo coisas tão diferentes, pra todos os públicos.

E, veja, nem é uma questão de concordar ou discordar de pontos de vista, porque muitas vezes crescemos a partir das discordâncias, mas de realmente não ver utilidade no que lê ou achar um artigo completamente ruim, inútil. É importante aceitar que haverá gente que pensa isso de nós, assim como eu penso de outros conteúdos, e que isso não é pessoal, e que tudo bem.

Não precisamos convencer o tempo todo de que o que dizemos é útil, não precisamos colonizar cabeças. Haverá quem não vê propósito, e vida que segue.

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Esta forma de encarar as coisas tem sido boa aqui do meu lado. Me deu a leveza suficiente pra me divertir com esse post, que tira sarro dos 7 tipos de textos mais irritantes na internet. Adivinha: nós estamos lá!, na seção 3. O macho sensível.

Lemos todos juntos, concordamos com o autor em muitos pontos. Guilherme e Jader puxaram a conversa sobre tantas vezes falharmos no que nós mesmos acreditamos e usar a arma colonizadora. Foi uma boa reflexão, que dá força pro exercício válido de rever nossas próprias posturas. Além da crítica válida, o texto é engraçado.

Tiramos essa com leveza. Se continuarmos vendo sentido em abordar a masculinidade e quaisquer outros assuntos do modo como fazemos hoje, continuaremos. Se não, mudaremos. E sempre vai ter quem não goste. E tudo bem!

Em Tudo que você precisa saber sobre coligações partidárias, por Bruno Blume

Em A importância de alimentar os sonhos e mantê-los vivos | Mais que um jogo #8, por Breno França

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Em A vida sem pornografia: conheça o movimento Reboot/NoFap, por Rafael Trabasso

Puxão de orelha a ser considerado, não?

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Marcela Campos

Tão encantada com as possibilidades da vida que tem um pézinho aqui e outro acolá – é professora de crianças e adolescentes, mas formada em Jornalismo pela USP. Nunca tem preguiça de bater um papo bom.