Eta, eta, eta! Brasileiro quer… Futebol, Mulher e Rock n’ Roll. Antes que você diga alguma coisa – por que sei que você já pensou -, a frase acima não foi feita para rimar, e antes que se decepcione com o final dela, eu explico.
O Brasil, terra de samba, mulher e cerveja, é também a terra onde se cantou o futebol, nossa maior paixão. Mas esqueça os versos sobre “domingos no Maracanã” ou sobre “verdadeiros gols de placa”. Nosso assunto aqui é Rock n’ Roll.
Em primeiro lugar: recomponha-se, homem! E agora respondendo à sua viad…, digo, à sua frase: sim e não. Afinal rock e futebol renderam mais frutos do que a canção dessa banda mineira. Falarei aqui de como essas duas grandes paixões andam juntas há bastante tempo.
Comecemos pelos dinossauros do Deep Purple. Mais precisamente Ritchie BlackMore que além de ser um puta guitarrista, batia um bolão. Nada que o fizesse ser convocado para a seleção inglesa, mas ele tinha seus méritos. Infelizmente ele não fez músicas sobre isso (só sobre cassinos que pegam fogo), embora tivesse um ego do tamanho do Maradona.
Outros ingleses metidos a jogar bola são os integrantes do Iron Maiden, que ao contrário de Blackmore, são caras legais e colocaram uma pequena homenagem ao nosso esporte (olha eu, roubando dos ingleses) na capa de um dos seus discos. Você pode ver na arte do álbum Virtual XI um campo de futebol com duas seleções disputando uma partida: Brasil e Inglaterra, e se não me falha a memória, o Brasil está perdendo. Europeus… A banda ainda ainda deu o ar da graça num dos jogos da final do Campeonato Brasileiro entre o Vasco e o azulão São Caetano.
Aqui no Brasil, Rock e futebol fizeram nascer o mega-hit do Skank, que traduz perfeitamente todo o furor de um jogo emocionante. E também a não menos importante, porém muito mais desconhecida música do Dr. Sin – formada por são-paulinos – que deu título a este texto: Futebol, Mulher e Rock n’ Roll, que tem “Eta, Eta, Eta brasileiro quer…” um dos versos mais “cativantes” dessa história toda.
Ainda surgiu o Rock Gol da MTV, que colocava em lados opostos grandes bandas de rock e heavy metal nacionais. Ia tudo muito bem até começarem a chamar grupos de pagode para participar da festa. Não deu outra: briga por causa de cartões e choramingos por pênaltis marcados. Confusões à parte, era muito bom ver o Luís Mariutti do Shaaman ser chamado de Santíssimo pelo narrador do programa.
Para encerrar, o maior exemplo dessa relação íntima. A banda Ronaldo e Os Impedidos, criada por ninguém mais ninguém menos que aquele velho goleiro do Corinthians. Não deu muito certo. Mas ele era um bom goleiro…
Diego é autor convidado da Papo de Homem e dono do blog rock´n´roll Riffs e Solos.
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