Por razões mais alcoólicas do que religiosas, as festas em homenagem a São Patrício andam em alta pelo mundo – minha cidade natal, Belo Horizonte, tem se orgulhado recentemente por ter a maior festa de Saint Patricks Day do Brasil

Gosto de bebida e não posso negar que me animei ao receber o convite para passar o St. Patricks em Dublin. 

Dublin
 
A luta entre McGregor e José Aldo pelo UFC é aguardada ansiosamente e virou tema de grafite

A cidade é linda, e se transforma durante o maior evento do ano. Uma parte do 17 de março é sensacional: muitas crianças na rua durante o dia e boa parte da população local se espremendo (ou usando escadas) para assistir ao desfile que parece uma mistura de Carnaval com o patriotismo 7 de setembro.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A outra parte do 17 de março não é tão boa. O turismo baseado em álcool divide a cidade em duas: festinhas, boates e pubs bem animados reúnem o pessoal maior de idade e com mais dinheiro. 

 

 

As ruas ficam com os turistas caminhando em busca do próximo movimento e, principalmente, de adolescentes (que não têm permissão oficial para beber) aproveitando para encher a cara com o que conseguirem encontrar. Não é raro encontrar alguns bem alterados, conduzidos por policiais ou escornados em algum canto.

 
 

Vale a visita para quem é turista? Vale. 

 
 

O que talvez não valha – e a reflexão vale pros festejos do tipo no Brasil também – é reforçar uma cultura que anda tão próxima de questões de violência e futuros problemas de saúde pública. 

Resumindo de uma maneira diferente: vale encarar como um sinal de alerta quando o título da matéria da Vice sobre a principal data nacional é “Turistas bêbados idiotas e rios de xixi: St. Patricks Day em Dublin foi o Inferno na Terra”.

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P.S.: Todas as fotos desse post foram capturadas por mim. Se quiser acompanhar esses e outros cliques, me siga no Instagram.

Ismael dos Anjos

Ismael dos Anjos é mineiro, jornalista e fotógrafo. Acredita que uma boa história, não importa o formato escolhido, tem o poder de fomentar diálogos, humanizar, provocar empatia, educar, inspirar e fazer das pessoas protagonistas de suas próprias narrativas. Siga-o no <a>Instagram</a>."