Pergunta:

“Caro Dr.Love,
Esta mulher é fora-de-controle ou a culpa é minha?
Ela é bonita, ruiva, sempre gostou de ser amiga esfuziante de muito homens, vida de solteira muito libertina, casada comigo, 2 filhos.
Às vezes sentia que ela se expandia muito – com olhares para outros homens, inclusive amigos meus. Isso era considerado ‘apenas’ uma forma espontânea de se relacionar, embora esses homens buscassem aproximações.
Quando foi fazer pós-graduação, conversou com dezenas de colegas. Até aí, tudo bem. O problema é um deles, com quem ela de alguma maneira se apegou mais – jura que não teve nada = andou com ele pra cima e pra baixo, inclusive fazendo críticas a meu respeito.
Disse que o culpado foi eu mesmo, devido a algumas circunstâncias que eu havia criado (saídas que tive com algumas meninas, durante os primeiros anos de nosso relacionamento, em retaliação ao fato dela ter se encontrado com um ex, sozinha, à noite, em seu apartamento para acertarem arestas, nas primeiras semanas em que começamos a sair).
É claro que quando fiquei sabendo virei a mesa, me separei por uns meses e, desde o início de 2010 voltamos a morar juntos.
Ela esclareceu sua mancada com o colega, pediu desculpas a mim, deixou de lado a seqüência do curso e prometeu mudar de atitude. Mudou um pouco seu comportamento. Mas não consigo confiar mais nela e a vida tem sido um martírio.
O que devo esperar dela? Qual o limite de relacionamento que uma mulher comprometida deve ter para com outros homens? Até onde tudo isso é piração ou conservadorismo meu? Já me impus de muitas formas, mas ela sempre acaba dando um ou outro vacilo…
Estou, realmente muito aborrecido! É mesmo verdadeiro o mito de que mulher, uma vez libertina, dificilmente dá em uma boa esposa? A little help, please!!
Grato, Paul.”

Há 6 dias questionei vocês sobre uma eventual mudança de formato. A maioria esmagadora optou pelo “de sempre”.

Logo, resolvi mudar. Vou passar a fazer infográficos pra ilustrar o ponto-chave de cada artigo.

Caro Paul,

Primeiro vamos coletar os vestígios chave, no intuito de estruturar nosso infográfico.

Vestígio 1

Esposa ruiva, gostosa e esfuziante.

Ok.

Isso é o tesão encarnado. Todo homem nasce de fábrica com uma série de padrões mais ou menos racionais instalados em seu CPU. Comer uma esposa ruiva gostosa é o desafio não-verbalizado supremo – perdendo somente para a cópula incluindo a irmã gêmea desta. Nenhum homem necessita manifestar intenção de comer um espécime da raça. É como fazer gol do meio de campo. Te garante automaticamente uma vaga no panteão da glória eterna Nelsonrodrigueana.

Vestígio 2

Ela dá em cima dos seus amigos.

Vestígio 3

Seus “amigos” dão em cima dela.

Vestígio 4

Isso é uma forma espontânea de se relacionar.

Hora do infográfico, crianças

Photoshop é o caralho. Fiz sozinho, no paintbrush.

Taí.

Uma vez visualizado o contexto, o resto flui.

“Quando foi fazer pós-graduação, conversou com dezenas de colegas. Até aí, tudo bem.”

Óbvio, são seres humanos. Ela poderia conversar com centenas deles. Você se preocupar em mencionar e de alguma maneira quantificar as interações dela denota psicose latente.

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“O problema é um deles, com quem ela de alguma maneira se apegou mais – jura que não teve nada = andou com ele pra cima e pra baixo, inclusive fazendo críticas a meu respeito.”

Ela jura que não teve nada = você colocou ela na parede, perguntando se ela havia ou não dado essa boceta gostosa e apertada pra esse novo amigo misterioso filho da puta sem respeito pela família alheia = deixar ela com ainda mais tesão = boa, jênio.

“Disse que o culpado foi eu mesmo, devido a algumas circunstâncias que eu havia criado (saídas que tive com algumas meninas, durante os primeiros anos de nosso relacionamento, em retaliação ao fato dela ter se encontrado com um ex, sozinha, à noite, em seu apartamento para acertarem arestas, nas primeiras semanas em que começamos a sair).”

Protejam-se!

É uma tempestade de bosta!

Ah, não, está tudo bem. O Paul engoliu tudo. Grande cara.

“É claro que quando fiquei sabendo virei a mesa, me separei por uns meses e, desde o início de 2010 voltamos a morar juntos.”

Ela também deve ter virado a mesa.

“Ela esclareceu sua mancada com o colega, pediu desculpas a mim, deixou de lado a seqüência do curso e prometeu mudar de atitude.”

Ela negou ter feito merda. = Atacar a sua idoneidade.

Em seguida admitiu ter feito merda, primeiro pra ele. = Se puniu, perante o outro.

Se desculpou contigo. = Se puniu, perante você.

Em resumo, abriu mão de uma pós-gradução por… putice não-especificada. = Se puniu, perante si mesma.

PAUL, isso é patológico. Sua esposa está dentro de um ciclo perverso de auto-punição, e você é o papai para cujos braços ela retorna após ser descadeirada – literal ou metaforicamente é apenas um detalhe.

“Mudou um pouco seu comportamento. Mas não consigo confiar mais nela e a vida tem sido um martírio.”

Natural. São os seus colhões tentando estabelecer comunicação contigo. Eles estão atrofiando diante das sucessivas pisadas impostas por sua dama.

Suas respostas:

1. “O que devo esperar dela?”

Continuidade.

2. “Qual o limite de relacionamento que uma mulher comprometida deve ter para com outros homens?”

O limite de respeito construído conjuntamente pelo casal, no início da relação.

3. “Até onde tudo isso é piração ou conservadorismo meu? Já me impus de muitas formas, mas ela sempre acaba dando um ou outro vacilo…”

Algumas pessoas iluminadas têm um terceiro olho, escondido. Ela tem um pinto. E está fodendo seu cérebro.

4. “Estou, realmente muito aborrecido! É mesmo verdadeiro o mito de que mulher, uma vez libertina, dificilmente dá em uma boa esposa? A little help, please!!”

Dance, monkey, dance.


Dr. Love, consultor amoroso e cachorrão nas horas vagas

Ps.: sou um lixo no paintbrush. Estou ciente de que meu arremedo não configura um infográfico. Portanto, procuro ilustradores/designers de talento e dispostos a fazer um infográfico por artigo. A serem pagos com a visibilidade decorrente. Traduzindo, permuta paunocu. Interessados falem comigo pelo doutorlove@papodehomem.com.br

Ps2.: excelentes candidatos já fizeram contato. ignorem o Ps acima.

Dr. Love

Consultor amoroso e cachorrão nas horas vagas.