Nação PdH, como escrevi no meu primeiro post, o meu estilo de viagem é mergulhar a fundo na cultura local conhecendo gente diferente.
Hoje vou passar uma dica de como se entrosar rapidamente com a galera local na Europa. De quebra isso vai eliminar o custo da hospedagem… e de bônus explico como conhecer gringas sem sair de casa. Parece bom? Então vamos lá!
¨Oi, tem um lugar aí pra eu dormir?¨
A dica é simples. Procure alguém bacana pela Internet, escreva uma mensagem simpática e pergunte se tem um lugar no sofá onde você pode dormir.
– Como é???
É isso mesmo. Essa idéia é absurda para muita gente, já que parece loucura dormir na casa de um desconhecido. O que parece mais doido é o fato de existir gente que abre as portas para receber hóspedes que nunca viram na vida.
Se você não acredita, é hora de conhecer três redes sociais (estilo Orkut) que promovem essas trocas de hospitalidade, cada vez mais comuns:
O HospitalityClub é o pioneiro, e ainda hoje o maior site da categoria, inaugurado em 2000 e tem cerca de 15 mil brasileiros inscritos. O The Hospitality Club apresenta o diferencial da segurança, já que é necessário fornecer nome completo e passaporte.
O CouchSurfing reporta na data deste artigo 924.611 hospedagens feitas com sucesso e 1.090.282 amizades criadas, e tem 24 mil brasileiros na data deste post. Parece ser o queridinho da vez, pois tem um design bacana e ótimas ferramentas de busca, incluindo uma integração com o Google Maps.
O GlobalFreeLoaders é o menorzinho, com seiscentos gatos pingados representando o Brasil. Não tem nenhum grande diferencial (talvez sendo esse o motivo de ter menos membros).
– Mas como isso funciona?
É simples. Você cria um perfil, igual faria para o Orkut. Coloca sua foto, seus interesses, fala sobre você. E daí o passo seguinte é fazer uma busca no sistema, encontrando anfitriões (¨hosts¨) que estão disponíveis para receber visitas.
Daí é mandar uma mensagem simpática fazendo uma apresentação decente e perguntando se há a possibilidade de se hospedar. Se você for aceito, garanto que será uma experiência impagável.
Duas dicas essenciais:
1. Nunca, NUNCA mande spam.
Leia os perfis das pessoas para quem você enviar a sua mensagem para ver a possível compatibilidade de estilos, interesses e atividades. Ajuda muito saber se seu hóspede não fuma, se ele tem gatos (e você é alérgico), se vocês curtem atividades esportivas ou culturais…
2. Seja flexível, sociável, limpo, educado e traga bom humor.
Apesar de não ser obrigatório, sempre é simpático trazer um souvenir da sua cidade, ou uma garrafa de vinho, flores, doces ou se oferecer para cozinhar um prato típico. Acima de tudo, seja atencioso com seu anfitrião.
Conforme você usa o sistema, esses e diversos aspectos da cultura de hospitalidade ficarão mais claras. Basicamente, trate-o como um amigo, e nunca como um hotel de graça.
Dica bônus: Conhecendo gringas sem sair do Brasil
Não tem viagem programada? Sem problema, amigão. Crie o perfil assim mesmo, e informe lá que você está disponível para hospedar na sua casa!
Agora, se você não tem condições de receber gente em casa, a outra opção é se cadastrar e dizer que está disponível pra ¨tomar um café¨, que significa se encontrar em algum lugar da cidade e dar dicas locais e se divertir, sem o compromisso de receber hóspedes.
Esse é um primeiro passo para conhecer melhor a cultura da hospitalidade. E nas principais cidades sempre rola um evento cultural ou um happy hour, que tem presença de membros da comunidade local e viajantes que estão passeando pela região.
Maior moleza pra conhecer gente diferente, impossível. Como dizem, se Maomé não vai até a montanha…
No próximo texto vou contar uma técnica para aprender idiomas e ao mesmo tempo mandar um xaveco na mulherada. Quais idiomas interessam a vocês?
Puxe uma cadeira e comente, a casa é sua. Cultivamos diálogos não-violentos, significativos e bem humorados há mais de dez anos. Para saber como fazemos, leianossa política de comentários.