Pergunta: “Bom vamos lá ao meu problemão. Eu namoro há 5 anos, temos uma relação saudável, eu o amo, pensamos em nos casar, mas não me sinto completa, o grande problema é o seguinte: falta de SEXO.

Eu sou louca desvaraida por sexo. Para os intimos uma típica: Ninfomaníaca…

Mas então, passamos 3 anos do relacionamento no 0 a 0, eu era virgem, não por vontade minha…

Ai consegui enfim levar ele pra cama, ele é sempre carinhoso e tudo mais, tem um pau enorme, o que me ajuda a me manter um pouco junto a ele. Mas enfim, por mim eu fazia todos os dias, todas as horas, mas ele só aguenta uma vez ou duas, está sempre cansado, e só quer “papai-mamãe”.

Ele diz que é pq é mais romântico, putz estamos fazendo sexo, não desenhando, não quero ser tratada como bonequinha de porcelana, quero que puxe meu cabelo, me bata, faça horas de sexo comigo… Ah sim outro problema, eu amo fazer sexo oral nele, e adoro sentir porra na boca, mas ele odeia, diz que eu fico parecendo uma puta, mas é isso que eu quero ser na cama.

Bom, às vezes não aguento ele me brecando e pulo a cerca, às vezes procuro um Garoto de Programa pq não tenho muita paciência com o jogo da conquista, porque eu sei que tudo que eu vou querer deles é apenas sexo.

Enfim, como posso fazer ele sentir mais desejo sexual? Ser mais selvagem? Ahh quantas perguntas…

Espero que responda logo, antes que eu suba de vez pelas paredes! rsrsrs!”

– Gabi

Minha querida,

obrigado por trazer à tona sua questão. O clichê da mulher fogosa/infiél é simplório, gasto e mal interpretado.

Além disso, o tema já foi abordado aqui mesmo n vezes, convido os mais sagazes a nem mesmo lerem esse post.

Nenhuma mulher nasce vadia.

As pessoas no mundo possuem necessidades sexuais distintas. Há quem não viva uma semana sem sexo. E há quem passe – literalmente – anos sem uma boa trepada. São extremos de uma escala. Ao contrário do que o bom romantismo prega, os opostos não são compatíveis nessa área.

Ainda que um homem e uma mulher se atraiam o suficiente para engatarem um relacionamento inicial, a manutenção do mesmo depende de premissas mais complexas, e, porque não, animais.

Se você gosta de tomar um nutritivo café da manhã de porra com sucrilhos e seu homem acha que isso te faz uma puta incorrigível, sinto comunicar, há uma divergência tectônica na relação de vocês.

O que costuma acontecer? A mulher faz compras fora de casa. O corno eventualmente descobre a testeira que anda carregando por aí. Se revolta, manifesta o ódio em algum ritual cimério na taverna mais próxima. Logo se convertendo em um:

conan-puto

A.canalha

B.corno consistente

C.solteirão em crise

Sad but true.

Constatação zero.

O seu relacionamento não existe mais. Pelo menos não o relacionamento no qual um macho domina, cuida e satisfaz sua fêmea.

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Você é uma samambaia agarrada a um arremedo de homem, sem o menor respeito por ele, e sem nenhum outro exemplar de pau brasil no alcance que seja uma opção suficientemente interessante para validar o esforço de largar o tronco atual.

Seu namorado é um elo peniano entre suas próximas a(des)venturas, só. Descartável. Sinta-se à vontade para dispensá-lo, é um bem que vai prestar a ele e a si mesma.

Posto isso, entendo que ainda deseja tirar algum leite dessa árvore. Vamos lá, como transformar um beato em putão, é possível?

Sim.

Passo 1: conscientização

Entenda que o putão é resultado de uma série de influências. Dentre as principais, está o modo como enxerga o mundo, suas crenças mais profundas, aquelas enraizadas por meio de experiências.

Ele precisa entender e, necessariamente, apreciar:

  • a intensidade do desejo sexual feminino,
  • as maneiras pela qual ele se pode se manifestar e
  • a relação direta entre o mesmo e um relacionamento saudável.

Na prática,

1. Mande ele procurar no Google pela seguinte pergunta, ipsis litteris:

“As mulheres desejam ser putas na cama?”

2. Envie para ele os seguintes links:

3. Compre o livro Meu Jardim Secreto, de Nancy Friday. Trata-se de uma compilação de fantasias sexuais anônimas de mulheres comuns, reunidas após extensa pesquisa da autora, e publicado nos EUA, na década de 70. Uma gema. Escreva uma dedicatória sacanocarinhosa e deixe de presente debaixo do travesseiro do bunda mole, como a boa fadinha putanhesca que é.

meu-jardim-secreto-nancy-fryday

Na cama,

Agora que o mamão mole está munido de amplo conhecimento sobre a real natureza de sua ladie, é hora do teste relâmpago.

Vá a alguma festa/saída com os amigos e dê a seu namorado álcool na medida suficiente para ele ganhar ares de macho – eu sei, tarefa árdua – e menos do que o necessário para ele brochar.

Chegando no motel, deixe seu lado cheerleader aflorar em grande estilo e entre em ação com frases de incentivo como:

cheerleader-deliciosa

  • “Me fode como homem!”
  • “Come meu cú!”
  • “Bate na sua putinha, anda, bate!”

Após o sexo, caso ele passe na prova, durma de conchinha, diga que o ama.

Trabalho feito.

No entanto, o mais próvavel é que essa história termine em algum ponto do ritual cimério lá do começo. Que ele rode o mundo, outras camas, saboreie outras mulheres. Com alguma sorte, irão se encontrar no futuro antes de se tornarem balzacos muchibentos e vão ter uma sessão de sexo lendária, desprotegida, carregada de desejo contido, frustrações e ódio. Happy fuckin ending, assim caminha a humanidade.

Dr. Love

Consultor amoroso e cachorrão nas horas vagas.