Faz dois sábados celebramos com a comunidade nossos 10 anos, com o encontro "Homens possíveis: quebrando as prisões masculinas", aqui em São Paulo.

Veio gente de Salvador, Recife, Curitiba, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Lotamos o espaço Gam Yoga até a tampa para um dia de conversas sobre masculinidades, maturidade emocional, saúde, dinheiro, trabalho e sexualidade.

Foi lindo demais da conta e a pergunta na boca de todos quando acabamos foi: como a gente segue? Quando é o próximo encontro?

Aqui alguns registros feitos pelo talentoso fotógrafo Luiz Simonetti:

Abri o encontro compartilhando o ouro de nosso conhecimento acumulado nesses 10 anos
Prática de meditação com todos
Amuri ensinando como uma relação mais saudável com o dinheiro — vulgo, como ficar rico 😛
Uma das várias dinâmicas feitas ao longo do dia
Diogo Souza, que veio de Salvador, puxando uma conversa bastante pé no chão e aberta sobre sexualidade masculina
Dr. Derblai Sebben puxando a fascinante conversa: "Como gerar saúde?"
Fred Mattos amarrou todos os pontos chave do encontro em um diálogo sobre maturidade emocional
Fernando, que emocionou a todos com sua abertura e vulnerabilidade

Dá gosto fechar 2016 assim. Foi pra isso que surgimos, é pra encontros assim que seguimos existindo.

* * *

Seria pra lá de impossível imaginar o que seria o PdH quando publicamos nosso primeiro artigo, em dezembro de 2006.

Se não sabíamos a rota ou o destino exato, era certo o desejo de impactar a cultura e a mídia masculina. Afinal, nascemos de uma profunda insatisfação com tudo que se falava sobre e para os homens nos mais diferentes meios de comunicação. Éramos uma comunidade de perdidos, em busca de faróis, bem como esse vídeo mostra:

Então coloco na mesa uma pergunta para pensarmos juntos no que foi essa década:

Qual impacto o PdH teve na vida das pessoas que nos acompanham?

Afinal, é pra isso que estamos aqui. Não à toa falamos em jornalismo compassivo, círculos de confiança, homens possíveis e transparência online. Esse bando de termos e teorias são apenas meios que nos levam a um único ponto: na prática, geramos benefícios na vida de vocês ou somos mero entretenimento?

Uma breve retrospectiva

Nascemos como a "Lifestyle magazine", fomos "A não-revista do homem", "O espaço exploratório do masculino" e hoje nos guiamos pelo mote "É tempo de homens possíveis". Basicamente tivemos dois editores-chefe, eu e Gustavo Gitti — hoje o posto está comigo.

Em nossos primeiros anos, ganhamos prêmios de internet variados e enchemos uma estante. Puxamos a Campanha pela Transparência Online, para estabelecer padrões nas relações de veículos digitais com as marcas. Seguimos firmes na busca por profissionalizar o mercado digital.

Publicamos mais de 7.300 artigos nessa década, escritos por mais de 800 autores e autoras, em sua maioria voluntários. Nossas páginas foram acessadas quase 300.000.000 de vezes! — não arrisco a quantidade única de usuários da década pois há muita sobreposição, mas hoje estamos em 2.5 milhões de visitas únicas por mês. E considerando a média histórica de comentários, estimo que estamos em mais de 365.000. Ou seja, puxamos mais de 7.000 conversas com milhões de homens e mulheres. Haja fôlego.

Esse ano colocamos no ar uma das grandes, com o documentário "Precisamos falar com os homens?", articulado por nós em conjunto com a ONU Mulheres, Grupo Boticário, Questto Nó Research, Monstro Filmes e Zooma. Não é um filme de verdades absolutas, é um convite à conversa e ficamos felizes com a incrível repercussão positiva no Brasil — vamos divulgar internacionalmente em 2017. 

Assista, compartilhe e critique: aí está o documentário completo, resultado de dois anos de trabalho

Colocar em pauta conversas com tamanho alcance dá um senso de orgulho e responsabilidade maior ao nosso trabalho. Ajuda a lembrar nosso dever com vocês.

Essa noção nos impulsionou pra fazer a série "O papo: conversas que importam". Por meio dela já entrevistamos Juca Kfouri, Facundo Guerra, Pedrinho Fonseca, Camila Achutti, Izzy Cerullo, Carol Oda, Adriano Silva e Leo Lanna… e está só começando.

 

É também por esse eixo que atuamos em projetos externos bem grandes, — por meio de nosso braço de custom publishing chamado Escribas —,para marcas como Nestlé, Chivas e Sony. Depois dêem um pulo na plataforma #OValordoFeminino, de Molico, que abastecemos de preciosos artigos e visão editorial. Está uma lindeza por lá, obra do olhar sensível da Gabrielle Estevans, com quem tivemos o prazer de criar projetos incríveis esse ano.

Com apoio de Philips, executamos o mini documentário "Vida de Barbeiro", que já tem mais de 100.000 acessos:

 

Debatemos vaidade masculina e o que é ser homem com Henrique Fogaça, tendo Boticário como mecenas:

 

Todo dia recebemos um "obrigado!", seja nos comentários ou por email. E quase todo dia, escutamos que publicamos absurdos, que o PdH já não é mais o mesmo. E quem nos critica desse modo está certo, o projeto nem de longe é o mesmo. Não por uma suposta busca por mais lucro ou audiência, mas por princípio.

O norte da casa é e vai seguir sendo fazer com que homens e mulheres possam viver vidas mais satisfatórias, sozinhos, entre os seus, entre os opostos, de cabeça pra baixo, seja como for. E o resto, meus amigos e amigas, é resto.

Dito tudo isso, passo o microfone pro resto do time contar como foi nosso 2016:

Abro com Jader Pires, cujas palavras espirituosas roubei pra dar título a esse texto.

"Com uma pequena ajuda dos amigos" — Jader Pires, escritor, editor-caseiro no PdH

"Colaboração. Que palavra forte no PapodeHomem de 16.

Com o mundo cada vez mais de cabeça para baixo, este foi o provável ano de maior tranquilidade no editorial da casa, o que me deixa particularmente feliz. Enquanto muita coisa explodiu à minha direita e à minha esquerda, e pode crer que, se teve um ano para ver coisas explodindo, foi esse, dentro da sala da equipe de conteúdo do PdH rolava uma fluidez absurda.

Publicamos muitos textos que me deixaram bem orgulhoso, tivemos ótimos números, estamos com planos mirabolantes que mostram um caminho bem bonito no futuro próximo e eu não tive preocupações fora do comum nos meses que se seguiram, graças a ajuda dos meus amigos aqui dentro. 

Teve a entrada de gente foda e está rolando a saída de gente foda. Amigos que amo. A Marcela foi pr'além mar, mas a Carol Rocha chegou. Que dois brilhos, que duas pessoas que terei o maior orgulho do mundo de falar, lá na frente, que eu ajudei de alguma forma ambas a chegarem nos pontos fodas que elas chegarão. O Rica chegou com uma serenidade de mar flat, mas chacoalhou todo mundo aqui dentro feito onda braba e foi surfar mares mais bravos. Que tenha sorte e que não falte nos próximos jogos. Sim! Finalmente organizamos um futebol no PdH e foi lindo. 

O Amuri tá indo. Penso nisso e choro ou quase. Que pessoa. E vai dar tudo tão certo pra ele que não dá tempo de sofrer com isso e sorrio de novo. 

E ficamos aqui. Fazendo das tripas, coração.

Obrigado à todos por aqui que, de alguma forma, me ajudaram nesse ano. Gui, Fê Ramos, Phê Araújo, Luri, Higa, Brenão, Bruninho, Cambi, Lu, Clint, João Baldi, Rob Gordon, Bruno Passos, Rafa Câmara, Leo Collares, Rafa Nardini, Ismael dos Anjos, Felipe Franco, Fred Fagundes, Danilo Gonçalves.

Vem 17, seu puto."

"Mais importante do que aquilo que muda, é o que segue" — Breno França, líder estudantil, o jornalista mais organizado que há, estagiário da casa

"Quando paro pra fazer uma análise que deva resumir o que passou depressa, me pego pensando sobre o que mudou.

A sala onde nós estamos, as pessoas com quem trabalhamos, os projetos que nos dedicamos, a experiência que acumulamos. Mudou da padaria onde comemos ao presidente de nosso país.

Mas sinceramente, penso que mais importante do que aquilo que mudou é o que segue. E sobre isso devo dizer que posso me orgulhar continuar trabalhando aqui e gostando das coisas faço. Das pessoas que conheci, pois quase todas eu recomendo. E saiba que quando digo isso, falo com sinceridade.

Orgulho das pessoas que mantive por perto, pois essa postura de 'estar sempre certo', ainda que por pura besteira, me fez entrar em conflitos que quase custaram amizades queridas.

Obrigado Gui, Cambi, Jader e Luri.

Obrigado Felipe, Phellype, Rica e Amuri.

Obrigado Brunão, Higa, Carol e Marcela.

Obrigado Ismael, Gabi, Luíza e Isabela.

Eu só aguentei 2016 porque foi ao lado de cada um de vocês."

"O melhor ano da minha vida" — Eduardo Amuri, consultor financeiro, diretor de finanças e operações no PdH, saindo e já deixando saudade

"Dezesseis foi o melhor ano da minha vida, pra compensar um quinze dolorido que deu gosto. 

Escrevi pouco, bem pouco, mas acabei aproveitando bastante as oportunidades de produzir conteúdo sobre dinheiro, pra além do texto. Caiu no colo mesmo: um vídeo aqui, outro vídeo alí, chance pra falar pra empreendedores, pra crianças na escola, pra adolescentes na universidade, pra idosos no SESC aqui de São Paulo, enfim, fui pra onde deu. Tirei férias pela primeira vez desde que saí do meu último emprego, 4 anos atrás. A mão que deletou temporariamente a conta de e-mail do celular chegava que tremia. Dei uma bela rodada por aí.

Corri bastante, literalmente. Foi meu ano esportivo mais regular, teve meia maratona em Florianópolis e na selva de pedra. Entre treinos e provas foram 700km pra conta.

Com a água mais calma deu pra ver o fundo e fui obrigado a olhar para o que não estava bem. Me peguei equilibrando pratos demais, com a sensação ruim de não estar me dedicando da maneira que devia à nenhuma das frentes (o PdH, o lugar e a consultoria). Em agosto veio a novidade que me forçou a tomar decisões. Não tenho palavras para agradecer todo o carinho e cuidado com que a notícia foi recebida. No primeiro semestre de 2017 sai o "Finanças para jovens", livro que escrevo a convite da Editora Saraiva. Me embrulha o estômago pensar em dizer pra alguém que não trabalho mais por aqui. 

Mudei de casa. Saí de um apartamento pequeno e querido e vim morar em uma casa um bocado mais espaçosa, junto da Gabi, um dos principais motivos pelos qual esse 2016 foi incrível, e do Jorginho, filhote de quatro patas, que se esfrega na terra do jardim e se limpa gostosamente no chão da sala. "

"Foda-se, motivação. Oi, disciplina." — Rodrigo Cambaghi, pai sensível do ano e gerente de projetos do PdH

"2016 foi o ano que mandei um foda-se para a motivação e criei disciplina

Assumi a bronca de cuidar da minha filha, digeri quais são as tretas de verdade do começo da paternidade e tomei a coragem de começar a escrever sobre a minha experiência de ser pai e a disciplina de escrever quinzenalmente.

Criei coragem de começar a fazer aulas de canto, mesmo que eu ache que eu nem cante tão bem assim, continuo firme nas aulas porque percebi minha evolução. E pelo menos eu não sou desafinado. Deixo aqui um jabazinho da minha querida professora Juliana Shay para quem quiser fazer aulas particulares em São Paulo.

Tomei vergonha de começar uma atividade física e já faz 3 meses que vou a academia pelo menos 2x por semana. 

Curei minhas úlceras cuidando apenas da minha alimentação, fazendo sessões semanais de acupuntura e tomando homeopatia. 

Me mantive vegetariano e super atento com a minha alimentação e a da minha filha. 

Diminui radicalmente o açúcar, fritura e a comida industrializada. Tenho cozinhado praticamente todos os dias comida fresca e senti muita diferença na minha saúde e na disposição. 

Estou redescobrindo minha parceira. De repente casal que se conheceu 6 anos atrás que vivia saindo com os amigos, indo para festas, eventos e viajando. Hoje tem uma rotina que não cabe nem faz mas nenhum sentido nada disso. Entre as brigas, as crises e os desentendimentos, nasceu uma outra relação.

Eu não sei o que vem em 2017, mas eu me sinto preparado."

“Vai! Acredita nas pessoas, acredita na vida. Continua!” — Carol Rocha, a novata da casa, jornalista, videomaker, estagiária no PdH

"Sou a mais recente no time, fico até sem jeito de falar.

Mas se nesses quatro meses o PdH já significou um espaço de aprendizado e evolução pra mim, imagina só a bagagem que dez anos devem ter deixado com outras pessoas. Desde que fui chamada para fazer parte da equipe de conteúdo, tenho construído algo muito valioso para a minha formação pessoal: a capacidade de escuta e comunicação não-violenta.

Leia também  A violência nossa de cada dia

Uma das etapas do nosso trabalho, por exemplo, é lidar com a caixa de comentários, e fazer isso de maneira a incentivar diálogos saudáveis me influenciou a ser alguém muito mais aberta e construtiva.

Além disso, uma outra parte de mim se tornou mais bonita. Acho que quando encontramos algo que faz nosso olho brilhar, achamos também a mais valiosa ferramenta de revolução interna. Está sendo assim com o Nossa História Invisível, uma série construída por mim e mais três amigas que conta histórias de mulheres negras anuladas pelo racismo e por algum outro tipo de opressão. A cada diária de gravação eu tenho mais convicção do quanto todos nós somos seres fortes e em constante evolução, por mais que o mundo pareça dizer o contrário.

Esse ano também me deu de presente pessoas incríveis, bares com litrões baratos, restaurantes novos e vinhos velhos. Ouvi álbuns que me fizeram esquecer do resto mundo, outros que me lembraram de cada uma das feridas dele. Vi fotografias que me estremeceram, assisti a filmes que secaram todas as lágrimas que eu tinha (me indiquem séries para chorar! <3).  

No final fica um “Vai! Acredita nas pessoas, acredita na vida. Continua!”. Essa foi a frase que 2016 escreveu em um post it e colou na minha testa. No fim, vou riscar o dia 31 de dezembro do calendário com a certeza de que cada dia valeu, mesmo os que me fizeram apostar no contrário.  

"Nossa força está em nossas redes" — Bruno Pinho, o rapaz dos mil projetos, faz-tudo e estagiário no PdH

"Dois mil e dezesseis foi aquela transa intensa, que você não sabe se tem folêgo pra um repeat.

Foi maluco pra cacete, a ponto de me fazer estar aqui, numa madruga, tentando defini-lo. 

Rendeu muitas alegrias. E muitas lágrimas. 

Começou comigo largando a paixão por um esporte para me dedicar em duas grandes incertezas: os estudos e o novo estágio, aqui no PapodeHomem. Nenhuma delas se mostrou um erro. As duas trouxeram felicidades sem fim, acompanhadas de um caminhão de agora outros receios. 

Foram tantas e tantas reviravoltas que os dedos coçam para escrever outro texto cansativo-e-com-cara-de-matéria-chatona-da-piauí, como tantas vezes faço. Então é tempo de colocar em prática uma das várias lições que aprendi neste ano, a de ser mais direto. Mais falas de coração, menos rodeio. 

Se for para separar uma única pilula de aprendizado, aquilo que mais guardarei de dezesseis, é que nossa força está em nossas redes. Para construir junto, escutar com empatia e acolhimento, pra colocar a cara à tapa pelo outro, com o outro.  Enfim, para ser inspiração e motivo de orgulho de estar ali, andando lado a lado.

Falando de PapodeHomem, se aceitei a vaga foi porque queria estar próximo, vivenciando o dia a dia do site que há anos era leitor. O que encontrei foi, entretanto, não só pessoas incríveis aqui dentro, mas um bocado de outras pessoas maravilhosas que rodeiam esse nosso cantinho. Dá gosto de ver a movimentação de todos para entregarem sempre o melhor projeto, buscando trazer o maior beneficio para a vida das pessoas. É um dos pontos-chaves que permitiram o PdH estar aqui, assoprando suas dez velas. E é o que permitirá que ele continue assoprando muitas outras.

Obrigado por permitirem estar perto de vocês, o aprendizado é sem fim. No mais, só posso estender meus agradecimentos à todas as outras redes que estou. Vocês foram responsáveis por um dos melhores anos da minha vida. Foi o melhor e o pior dos tempos, pra encerrrar piegas citando o velho Dickens, mas a felicidade em muito superou às mágoas. E isso foi muito por conta de todos vocês.

Tenho orgulho de chamar cada um de amigo. Muita luz pra nois. Seguimos."

"Sufocado pelo mundo; porém mais seguro" — Luciano Ribeiro, músico, editor-caseiro no PdH

"Não lembro de um ano que eu tenha me sentido tão sufocado pelo mundo.

Depois de 2016, entrar na internet é algo que já me faz respirar fundo e esperar uma porrada forte. As notícias que desanimam parecem ter se tornado a rotina, não mais a exceção. O mundo parece ter se tornado uma constante fonte de desânimo e frustração. Foi foda.

Mais pesado ainda é saber que eu faço parte disso, como editor do PdH e que, muitas vezes, essa gritaria toda da internet acaba se direcionando pra gente. Não é tão fácil assim estar no meio do fogo cruzado. 

Minha forma de lidar com isso foi entrando um pouco mais no meu próprio mundo. E o meu mundo é isso aqui, o PdH, minhas músicas, andar de bike, me exercitar, tentar ter mais contato com a natureza e com o céu aberto. Aos poucos fui trazendo mais e mais dessas coisas pra minha vida. Hoje, ainda acho que falta muito, mas pelo menos me sinto um pouco mais conectado com o meu próprio espaço, com as minhas relações por aqui.

Esse ano eu brinquei com a rotina, fiquei sem Facebook (bloqueado por trinta dias), fiz um exercício de gratidão de 21 dias, estudei e compus músicas, e entre idas e vindas, terminei meu EP (que está com previsão de lançamento pra Janeiro) e, pasmem, estou avançando com o segundo enquanto não lanço o primeiro. Claro, não dá pra listar tudo o que aconteceu, mas certamente pude ver como é legal ter a força e o apoio de um monte de gente foda, que vinha me cobrando e oferecendo ajuda em todos esses momentos. Ah, e curti muito mais momentos particulares super gostosos, como a viagem que fiz ao Peru com a Higa, minha primeira viagem internacional.

No que diz respeito ao PdH, de repente, comecei a me sentir um pouco mais seguro com o meu trabalho. Consigo olhar com mais calma pra situações que antes pareceriam muito maiores que eu e olhar pra elas com uma certa tranquilidade, pra poder lidar com cada problema, um por vez. Não é algo que se coloca no currículo como um grande projeto, mas é algo que me faz pisar em um terreno mais sólido. 

Foi bem foda ver, mesmo que meio de longe, a casa como um todo amadurecendo, projetos maiores (como o documentário "Precisamos falar com os homens", por exemplo) entrando e a forma como cada um tem lidado com isso. É uma puta escola.

Fiquei muito, mas muito feliz pela convivência com os parceiros de todos os dias, novos e antigos ter ficado mais gostosa, mais azeitada. Aliás, não sei se já agradeci o bastante, mas é fantástico ver que cada pessoa que entra por aqui traz um monte de características positivas ao dia-a-dia. Guilherme, Amuri, Felipe, Higa, Jader, Cambi, Breno, Carol, Bruno, Phellypinho, Rica, Ismael, Gabi e, claro, o Clint. É um privilégio conviver com tanta gente incrível.

Obrigado por mais um ano, pessoal. 

Que venham os próximos."

“Esse ano vai ser diferente” — Ana Higa, videomaker ainda mais ninja do PdH

"Foi assim que tudo começou. Parei. Planejei. E foi tudo diferente. Mas foi bom do mesmo jeito.

Fiz viagens divertidíssimas para Paranapiacaba, Peru e Londrina. Comecei muay thai. Parei muay thai. Conheci pessoas incríveis, divertidas e absurdamente simpáticas. Voltei a falar com pessoas que não falava há muito tempo. Me aproximei novamente de amigas que são muito importantes para mim. Fui em manifestação. Discuti em almoço de família. Vi nascer gente na família. Senti saudade de quem foi viajar. Engatei novos projetos que ainda estão se desenrolando. Parei o anticoncepcional (e foi muito bom, aconselho). Bebi muita breja. E comprei uma bike, o que me fez sair mais e ver uma São Paulo muito mais legal.

Eitalelê.

Apesar de todos os acontecimentos pesados desse ano e todas as turbulências que me tiraram o chão, fico feliz de ver que retomei tanta coisa boa que eu quase deixei de lado.

Esperando 2017 de braços abertos."

Que ano esse 2016!

"O ano MAD MAX" — Phellipe Araújo, o estiloso e boa praça novo executivo de negócios da casa 

"Foi um ano bem MAD MAX esse, muita ação, altos e baixos, e eu saindo ileso.

Sobre os altos e baixos: o Brasil teve um impeachment, a Síria em caos, temos a Lava Jato, temos Temer, temos Trump, não temos Chapecó.

Os EUA e Cuba reabriram suas embaixadas, após 54 anos. O Irã  aceitou um acordo nuclear, o Brasil arrebentou nas olímpiadas-paralimpiadas, e não passou vergonha na recepção dos demais países. O Palmeiras foi campeão brasileiro, depois de 22 anos.

Pessoalmente, foi um ano muito bom profissionalmente, entrei para o time do portal PapodeHomem e está sendo um aprendizado gigante, para minha vida profissional e pessoal. Agradeço à todos e principalmente ao Felipe Ramos, pela paciência e astúcia de um Jedai em ensinar um Padawan à escolher os melhores caminhos para serem desbravados.

Eu e minha namorada decidimos morar juntos e adotamos dois gatos, eles são incríveis.

Estou seguindo para 2017, vivendo e aprendendo, continuo em busca do equilíbrio. Beijos e abraços."

"O ano das chacoalhadas" — Felipe Ramos, rei do churrasco, presidente da Entrepeneurs Organization SP e diretor de negócios do PdH

"Aprendendo a cada dia. O ano que ainda não acabou veio para dar uma chacoalhada em mim bastante dura. 

Como sou responsável por trazer projetos de publicidade para a casa (o que mantém o PapodeHomem vivo e sendo capaz de realizar a sua missão – de entregar conteúdo que ajude as pessoas em suas jornadas), tive um batalhão de desafios. 

Estamos em um processo longo, complexo e árduo de estruturar um time de negócios para que o PapodeHomem tenha presença sólida nas principais agências de publicidade do país. Nestes meses, minha vida se baseou em conseguir dar cabo a esta minha incumbência. Entrevistei muitas pessoas, contratei algumas.

Phellipe e Rica vieram para dar corpo ao time comercial do nosso portal e para ajudar no trabalho contínuo de apresentar o que fazemos por aqui e realizar projetos com marcas. Agradeço demais aos dois pela presença e paixão pelo que fazem.

2016 foi, sem sombra de dúvida, um ano bastante difícil. Aprendi muito. Tive vitórias e derrotas. Nas vitórias sorri. Comemorei. Nas derrotas, respirei, pensei, e lambi as feridas.

Agradeço a todos do time PapodeHomem que me ajudaram e sempre foram compassivos. A todas as marcas e agências que confiaram no nosso trabalho. A minha família em especial à minha esposa por segurar a barra nos momentos difíceis e comemorar comigo nas conquistas. Aos leitores por tornarem o PapodeHomem uma plataforma viva, de conteúdo vibrante.

Com certeza entramos em 2017 com uma capacidade ainda maior de realização e de continuar a nossa jornada."

 

* * *

Obrigado.

Felipe, Amuri, Jader, Luciano, Cambi, Higa, Luiza, Ismael, Gabrielle, Breno, Bruno, Carol, Marcela, Mônica, Natalia, Rica, Araújo, Franco, Bruno Passos, Brandão, Baldi, Débora Navarro, Alex Castro, Pinheiro, Nardini, Rodolfo, Fred Mattos, Fred Fagundes, Junior WM, Robs, João Marcos, Clint, Gus Fune, Gus Gitti, Fábio Rodrigues, pai, mãe, Xuxa, todos os que trabalham em marcas e decidiram investir no PdH e manter a casa de pé, toda a rede que nos apóia, toda a rede que nos critica e ajuda a crescer, todos que esqueci agora e fizeram parte disso tudo. Essas letrinhas aqui nunca vão fazer jus, você estão no coração.

O que acharam de nós esse ano e o que esperam do PdH em 2017?

Sejam sinceros, a casa agradece. E fiquem de olho, no próximo ano nosso grande foco será a comunidade. Temos um bocado de coisas preparadas, já começando em janeiro. 😉

Um beijo grande e, como diria o parceiro Bauch, um bruta abraço!


bônus: aqui a retrospectiva do ano passado, pra verem o que mudou de lá pra cá.

Guilherme Nascimento Valadares

Fundador do PDH e diretor de pesquisa no Instituo PDH.