As cornetas nunca entraram harmoniosas aos ouvidos e camiseta de time nunca caiu bem.

A Copa está deixando seus horários malucos e você, mesmo sem querer assistir jogo algum, tá devendo tempo na firma e o trânsito é sempre um pé no saco. Os boleiros dominaram os bares e não tem mais onde se divertir sem que tenha uma bola rolando ou pessoas comentando sobre o chocolate da Holanda na Espanha ou como o Cristiano Ronaldo não está jogando nada e que o cara da vez é, de novo o Lionel Messi.

O jeito é esperar a Copa acabar e tudo voltar ao normal.

Enquanto isso não acontece, temos uma lista singela de cinco filmes que nada tem a ver com mundial de seleções e que, de preferência, são bons para assistir no escuro, com as cortinas fechadas.

Essential Killing, 2010

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Primeiramente estamos falando de um filme com o Vincent Gallo, o que já torna a obra quase obrigatória. Ele é Mohammed, um membro do Taliban que é capturado pelo exército americano e levado para uma base na Europa como prisioneiro. Lá ele escapa e precisa fugir, no meio de um ambiente completamente desconhecido e diferente do que ele conhece. Do deserto, ele se vê em uma floresta congelada pela neve do inverno do velho continente.

Isolamento.

Mas um baita filme com um mínimo de palavras ditas e coração na boca.

Encontros e Desencontros, 2003

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Sim, um clássico que todo mundo já viu de trás para frente, mas uma película linda e sensível da Sofia Coppola que é muito pertinente para quem tá fugindo da Copa.

Primeiro pela ambientação. O Japão não tem nada a ver com a “tropicalisse” daqui. Depois temos o tema da solidão, o que contrasta bastante com o espírito da Copa de ver os jogos juntos etc.

Um filme delicioso pra ver abraçadinho no escuro. E deixa as cornetas lea pra fora.

Três Enterros, 2005

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Meu deus, que filme! Diridigo pelo Tommy Lee Jones, esse filme tem uma história fantástica.

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Melquiades Estrada foi morto e enterrado clandestinamente no deserto do Texas. Após seu corpo ser encontrado, ele é novamente enterrado. Muito antes disso tudo, um velho amigo prometeu ao Estrada que, quando morresse, seu corpo seria levado para o México, para que sua família.

O terceiro enterro tem de ser feito.

Pete Perkins, interpretado por Tommy Lee, vai atrás do cara que matou seu amigo mexicano e este deve enterrá-lo do outro lado da fronteira. Daí vem o nome do filme e nessa caminhança entre os dois 9mais o defunto) é que faz o filme ser fodão.

Pacific Rim, 2013

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Não tem onde caber mais tanta diversão, portanto, deixe seus julgamentos críticos de cinema para fora e se deixe entregar por esse filme que é tudo o que o seu “eu” de 13 anos gostaria de assistir, uma mistura de Godzila com Jaspion, monstros gigantes brigando com robôs gigantes pelo destino da humanidade.

E é um filme bonito de ver. Dirigido pelo Guilhermo del Toro, o filme não tem aquele aspecto frenético de te fazer querer vomitar com as luzes e explosões num estilo Transformers. Ele é muito bem feitinho e divertido pra cacete.

Dá uma chance.

A Febre do Rato, 2011

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Cláudio Assis é um diretor “massavéi”, bom para os cacete e esse seu último filme é uma obra de arte. A Febre do Rato se passa no Recife em preto e em branco, poético e doloroso.

É um filme que fala de excessos. Sobra putaria e sobra cachaça e sobra devaneios e também lembranças e também uma dor que sara nunca e tem também amor que transborda e vida vivida a mil.

É a febre, amigo. Apaga as luzes, veja o filme e deixa suar.

Jader Pires

É escritor e colunista do Papo de Homem. Escreve, a cada quinze dias, a coluna <a>Do Amor</a>. Tem dois livros publicados