Preguiça pode ser considerada doença? Pelo menos é o que pensam os pesquisadores Richard Weiler e Emmanuel Stamatakis, segundo notícia do Daily Telegraph. O mote da pesquisa feita no Reino Unido é uma suposta forte ligação entre inatividade física – o tão falado, mas pouco combatido, sedentarismo – e a saúde fraca.
Segundo eles, a inatividade física deveria ser reconhecida como doença por causa das significativas taxas de morbidade (a quantidade de casos diagnosticados na população estudada) e mortalidade (o número de mortes dentro da mesma população) associadas ao sedentarismo, provando que a preguiça não seria exatamente um pecado capital, ainda que seja essa a profissão daquele cunhado que vive lhe pedindo dinheiro emprestado.
O estudo confirma o que já se sabia há tempos: o sedentarismo não causa apenas obesidade. Outro estudo publicado pelos mesmos médicos, no final de maio, mostra que a lista de males provocados pela inatividade física continua com “doença cardíaca, diabetes tipo 2, problemas de saúde mental e pressão alta”.
Retoques e remendos só pioram a situação
Sinceramente? Essa pesquisa é ótima pra mostrar que a cultura da lipo – cirurgias feitas de forma indiscriminada para fins estéticos – é uma fábrica de sonhos que terminam no dia seguinte. Se o cidadão já não fazia exercícios, imagine então após cortar fora aquilo que o incomodava! Resumo: ficará facilmente suscetível a adoecer ou voltar ao peso anterior.
Não existe fórmula mágica. Redução de estômago, controle de peso, nutrição adequada, exercícios físicos: nenhum desses, de forma isolada, nos deixará saudáveis. O conjunto de práticas saudáveis, com o acompanhamento médico e o bom e velho equilíbrio dão conta do recado.
Sou obrigado a admitir: pelo naipe dessas doenças aí em cima, estou levantando da cadeira agora mesmo.
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