O grafite está na moda e todos sabemos disso. Você, eu e toda a patota da publicidade:

 

As intervenções artísticas de rua são diversas. Temos a famigerada pixação, o artivismo, instalações artísticas, performance, flashmob etc. Os leigos podem confundir uma parede grafitada com um pixo no alto de um prédio, mas, para quem está nesse mundo, existem diferenças gritantes.

Há uma discussão, entre os grafiteiros, sobre a separação do que seria grafite (como conhecemos), o grafite true (o da velha guarda, feito só com spray e letras, estilo os feitos em Nova Iorque nos anos 70) e street art, ou seja, qualquer manifestação artística feita em muros. Como sempre, existem os puristas e os que veem a arte com maior soltura.

Dessa mistura toda, vale apresentar as mais variadas formas de atividades artísticas que nascem e crescem nas ruas. Em vez de uma descrição wikipediana, a ideia é apresentar uma lista (e não um ranking, jovem) com 25 intervenções urbanas que chamam muito a atenção de qualquer um.

 

Ameaça Colorida

Para começar bem, esse vídeo pipocou na minha timeline e é umas das intervenções mais fodas e com mais colhões que já vi.

Alguns caras pegam uma mochila, enfiam algumas latas de tinta dentro e deixam-na abandonada em frente a um ponto de ônibus. A coisa toda aconteceu em Israel e, como sabemos, brincar com bombas por lá não é para qualquer um.

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Banksy

Bom, aqui é tiro certo. Banksy (vamos falar como “ele” sendo um só para não queimar os miolos com a teoria de que trata-se de um coletivo ou uma ideia) é o artista urbano mais famoso do mundo e seu trabalho foge de qualquer rótulo de grafite ou arte urbana. O artista tenta caminhar no anonimato, mas isso só deixa o trabalho dele mais famoso e interessante.

Banksy usa muito de intervenções urbanas para propagar seus pensamentos, algo que podemos ver bem na residência artística que ele recentemente fez em Nova Iorque.

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Vídeo-arte ou vídeo-guerrilha

Temos aqui um bom exemplo para mostrar que não é só de tinta que vive a arte urbana. Com um notebbok, projetor, criatividade e alguma tomada por perto já se consegue criar uma intervenção de alto impacto. Este, em especifico, é um evento que acontece aqui no Brasil, que tem como objetivo transformar os espaços urbanos em uma grande galeria com trabalhos de dezenas de artistas do mundo inteiro.

Uma busca rápida no YouTube e dá para encontrar muitos exemplos com outros temas variados.

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Giganto

Giganto é um projeto artístico que usa de fotografias hiperdimensionadas para criar uma intervenção na arquitetura da cidade, transformando ruas e pilares de viadutos em uma grande exposição.

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Abandoned Televisions

Alguém está com um televisor velho parado? Estou com dois em casa e quebrando a cabeça para aproveitá-los de algum jeito. Pensei em transformá-los em aquários, até conhecer o Abandoned Televisions.

Puta que pariu, por que não pensei nisso antes?

Uma intervenção nostálgica que o designer gráfico e fotógrafo Alex Beker faz em Miami. Ao ver tevês antigas jogadas nas ruas, ele reparou que sempre se lembrava de algo que assistia na infância e, assim, começou a pirar em colocar imagens de seriados antigos nos aparelhos que encontrava na rua.

Imaginem, aqui no Brasil, a mesma experiência com cenas de Chaves, Os Trapalhões, novelas ou pornochanchadas.

Tá quicando…

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Soma

Soma é uma série de foto oportunidade do artista Aakash Nihalani. Se você é daqueles que gosta de reparar nos detalhes da cidade, esse é um bom exemplo de intervenção urbana.

Até a matemática tem espaço na rua.

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Urban X Stitch

Existem algumas regras nas ruas e uma delas é que você não pode atropelar o trabalho de outro artista, não importando a qualidade ou estirpe da obra. Pixação ou grafite , bonito ou feio, se passar por cima, é certo que você vai arrumar briga. Com isso, o desafio agora é achar novos suportes para expressar seu trabalho e foi isso que fizeram as francesas Stephane e Vanessa.

Explorando as técnicas de crochê e ponto cruz, elas criam intervenções em grades pelas ruas de Lyon. Agora você tem um bom motivo para passar o final de semana com a sua tia avó. Só não roube as agulhas da madame, hein!

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Brad Downey

Efêmera. Essa é a melhor palavra para definir as intervenções do escultor Brad Downey. O cara se aproveita das oportunidades que os centros urbanos oferecem para criar instalações inusitadas.

Este é o tipo de trabalho que necessita de um bom registro, uma foto oportunidade, pois a durabilidade deles na rua é bem pequena. Um vento vento forte, um espirito de porco ou só alguém incomodado com o trabalho já é o suficiente para acabar com tudo.

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OMG, Who Stole My Ads?

Recentemente, rolou nas interwebs um vídeo que apresentava o novo aplicativo que prometia tirar o Romero Britto da sua vista, o UnBritto. A molecadinha anti-Britto foi ao delírio (me incluo nessa), mas usar de pinturas clássicas para um melhor agrado visual não é tão novidade assim.

O Parisiense Etienne Lavie já vinha substituindo outdoors e outros anúncios com pinturas clássicas pelas ruas da França e Milão.

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Oakoak

Nem só de grandes espaços vivem as intervenções urbanas. Oakoak aproveita as pequenas marcas das cidades para criar suas situações com os objetos públicos.

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OSSÁRIO

Essa é uma intervenção inusitada. Munido de uma perigosa flanela, o artista Brasileiro Alexandre Órion criou uma obra na passagem subterrânea entre as avenidas Europa e Cidade Jardim, em São Paulo.

Ele enxergou uma oportunidade por trás da sujeira e resolveu protestar contra a camada de pó deixada diariamente pelos milhares de veículos que passam todos os dias por lá.

Isso até os “homi da lei” chegarem.

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Pimp My Carroça

Esse é um projeto que começa com o artivismo e trabalha como uma interseção no espaço público. O Pimp My Carroça é um projeto do ativista e artista urbano Mundano. Dá um play que o vídeo vai te explicar como tudo funciona e fica esperto que o projeto rola o ano todo, em vários locais do mundo.

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Casinha de cachorro para moradores de rua?

Esse projeto do californiano Gregory Kloehn é, no mínimo, interessante. O cara usa dos seus conhecimentos em construção e design para criar casas para moradores de rua.

Mas é difícil não associar suas obras com casinhas para cachorros e não acho que essa é uma boa associação. Mas a ideia é bem válida!

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TEC

Um argentino que levou a sério o lance de arte na rua e criou desenhos gigantes e bem icônicos no asfalto, dando uma nova percepção das ruas que andamos todos os dias.

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Baixo Centro

Festa, flashmob, intervenção urbana, performance e muito mais. Este foi o festival Baixo Centro que começou em 2013, nos bairros Santa Cecília, Vila Buarque, Campos Elíseos e Barra Funda.

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Banco Imobiliário

Quem nunca pegou um dia chuvoso, sem nada para fazer, e resolveu brincar de empresário imobiliário?

Bom, a molecada de hoje em dia provavelmente não (no máximo em um iPad). Mas você, com mais de 25 (não me engana), era o cara que tinha que ficar longe do banco para não roubar umas branquinhas de 500. Mas, que tal jogar nas ruas de verdade?

Essaá é uma intervenção do Bored, que ninguém sabe se é uma pessoa ou um coletivo. Seja lá o que for, eu gosto deles só pelo fato de usarem a fonte do Calvin e Haroldo no site.

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Giant

Seres gigantes invadem Liverpool, causando terror!

Não, não é sinopse da continuação de Pacific Rim, mas uma intervenção artística da companhia francesa de teatro de rua, Royal de luxe.

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Quack!

Imagine você, de boa na lagoa, e aparece um pato gigante e amarelo. Bizarro? Não para o artista Holandês Florentijn Hofman que apresenta a sua intervenção da seguinte forma:

“Uma mancha amarela no horizonte lentamente se aproxima da costa. As pessoas assistem com espanto um gigante e amarelo patinho de borracha se aproximar da margem do rio.
Os espectadores são cumprimentados pelo pato, que lentamente move sua cabeça. Este enorme objeto não conhece fronteiras, não discrimina pessoas e não tem nenhuma conotação política. Amistoso, Pato de Borracha tem propriedades terapêuticas: ele pode aliviar as tensões mundiais.
É macio, amigável e adequado para todas as cidades”
Entrevista à Folha de S. Paulo, publicada em setembro de 2013

Viagem ou não, só sei que, se vejo um bicho desse na minha frente me olhando e acenando com a cabeça, corro para minha pistola do nintendinho, fuzilo e mando o meu cachorro ir buscar.

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Cara, cadê o meu carro?

Imagine a cena: você sai para a noite com os amigos. Bebem, fumam e conhecem umas meninas ricas que estão indo para uma festa em Tijuana e decidem se jogar na aventura. Lá, acabam conhecendo uma galera de Cancún e vão até lá (afinal, é tudo México, né? Tudo perto). Por que não?

Depois de uma noitada épica, você volta para casa (com a ajuda das amigas de Tijuana, claro) e, na hora de buscar seu carro, encontra um pedacinho de floresta amazônica no seu possante.

Bom, não sei se foi isso que aconteceu com o dono do carro abandonado na rua rua Padre João Gonçalves, no bairro de Pinheiros, São Paulo, mas a galera do projeto Natureza Urbana aproveitou bem o desapego do proprietário.

Ah, e abaixo, outra dessa, feito por desconhecidos lá em Colonia del Sacramento, no Uruguai.

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Homem de gelo

Não precisa estar em Cuiabá para entender esta intervenção em Berlim, do artista brasileiro Néle Azevedo.

Na ocasião, o artista levou mil esculturas de homens gelo para as escadarias do Gendarmenmarkt, em Berlim, em protesto contra os efeitos do aquecimento global.

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Microrroteiros da cidade

Toda arte é uma forma de poesia, e nada mais justo que a própria poesia literária ter seu espaço nos muros das cidades. Um projeto simples, mas muito bonito idealizado pela Laura Guimarães.

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Eduardo Srur

Srur é conhecido como o maior especialista em intervenções urbanas no Brasil. Seu trabalho se utiliza do espaço urbano para apontar o dedo em questões ambientais e cotidianas das metrópoles.

Além disso, ele é dono da ATTACK, a única empresa brasileira especializada em intervenções urbanas para publicidade. Você pode acompanhar um Hangout que a galera do IdeaFixa fez com o cara.

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#CombataoCinza e doe sua sombra

Combata o Cinza é uma intervenção urbana realizada pela Converse, em parceria com o pessoal do IdeaFixa na Praça Roosevelt. A curadoria foi do Eduardo Srur, que escolheu 15 artistas para pintarem sombras distorcidas doadas por pessoas que fossem na praça. A ideia é combater o já conhecido cinza paulistano com uma explosão de sabores… digo, cores.

Nós fomos convidados para participar e acompanhar de perto as pinturas. A sombra escolhida para representar o PapodeHomem foi a do nosso mascote e diretor de RH, o Sr. Clint.

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A ação não fica só na praça. Você pode doar a sua sombra com uma foto que tenha hashtag #combataocinza. As 30 fotografias mais originais serão escolhidas e convertidas em peças de arte no perfil da Converse no Instagram.

Felipe Franco

<a>Felipe Franco</a> é paulista da gema

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