Nota editorial: estamos em busca de Bom dias com homens e com mais diversidade de corpos e peles — aqui explicamos em mais detalhes o contexto atual da série, suas origens, obstáculos e nossa visão de futuro para ela. Se você é fotógrafo(a) ou tem um ensaio que deseja publicar, fale conosco pelo luciano@papodehomem.com.br.

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Tirar a roupa na frente de outras pessoas já foi um grande problema pra mim. Como a maioria das adolescentes, me sentia fora dos padrões de beleza por ter os seios grandes, ser a mais alta da turma, e pesar uns quilinhos a mais. Comecei a praticar esportes, e testei várias modalidades atrás de um melhor condicionamento físico.

 

 

 

 

O corpo foi ganhando forma e eu fui me aceitando, mudando o que não me agradava, mas principalmente aprendendo a amar o que é só meu. Sardas, pintas, dobrinhas…não vejo problema hoje, em mostrar meu corpo para as lentes de uma câmera.

Gosto de me deixar fotografar, e me sinto a vontade fazendo poses, e exibindo meus melhores ângulos. Aprendi, aliás,  quais são eles, e me sinto cada vez mais íntima de mim mesma.

A nudez, hoje, me despe dos meus próprios receios. Me exponho, vulnerável, ao olhar e a opinião alheia. Se ela me incomoda? Não mais. Eu tiro a roupa pra mim mesma. Admiro a mulher que me tornei e me anestesio com a minha própria beleza.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Boa semana a todos.

Stephany Sander

30 anos, jornalista gaúcha. Trabalha como apresentadora de rádio e repórter de jornal. É apaixonada por esportes radicais, viagens, e cerveja artesanal.

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