Nota editorial: estamos em busca de Bom dias com homens e com mais diversidade de corpos e peles — aqui explicamos em mais detalhes o contexto atual da série, suas origens, obstáculos e nossa visão de futuro para ela. Se você é fotógrafo(a) ou tem um ensaio que deseja publicar, fale conosco pelo jader@papodehomem.com.br .
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Esse foi meu primeiro ensaio. Nunca tinha sido modelo para nada nessa vida. Sempre me achei sem jeito, meio desengonçada. Na verdade, até pouco tempo não me sentia confortável com meu próprio corpo. “Olha aquela menina, magrinha, alta, cheia de graça. Por que não sou como ela?”.
Pensamentos desse tipo me assombraram pela infância, adolescência e alguns até hoje, com 23 anos nas costas.
Mas onde tudo isso leva? Pra que toda essa insegurança? Não, vamos mudar! Tirei umas fotos, eu mesma, pra poder me sentir melhor comigo, e funcionou. Muita gente me apoiou também. Foi aí que o Douglas apareceu na história. Essa simpatia em pessoa me convidou pra fazer umas fotos, já conhecendo o trabalho dele não pensei duas vezes antes de aceitar. E lá fomos nós.
No dia do ensaio percebi que a insegurança que eu sentia era tão pequena que não me incomodava mais. Foi fácil e, quando o fotógrafo te deixa a vontade, é mais um quilômetro andado para tudo dar certo. E deu.
Quando vi as fotos, senti um orgulhozinho de mim mesma. Quando percebi que não me importava nem mais com o quê as pessoas pensariam, me orgulhei ainda mais. Esse é o empoderamento que esse ensaio me trouxe, me sentir segura em mim mesma. Não só fisicamente, muito além, me senti segura dos meus pensamentos, das minhas atitudes, de saber quem eu sou de verdade e quem eu gosto de ser: eu mesma.
Boa semana a todos.
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