Desde muito nova seguia as modelos conhecidas como "alt models", primeiro em revistas de tatuagem e depois, na internet, as "SuicideGirls".
Sempre fui louca por tatuagem, porém, a busca por emprego me levou a fazer poucas e acabar por sempre ter que ser o padrão "menina decente, pra casar". Coisa que nunca fui.
Desde cedo fui apaixonada pela sensualidade. A dança me levava ao êxtase, pois nela eu me encontrava sendo sensual, não adiantava pedir pra eu dançar coisas mais "bonitinhas" como valsa e bolero – comecei com pole dance e zouk – não que eu não goste, mas eu sempre dava aquela sensualizada que acabava parecendo que não estava dançando aquilo.
Com o tempo, fui me soltando mas ainda com receio, comecei a expor que eu praticava pole dance. Esperei julgamentos, não vieram, comecei a postar muitas fotos no pole, ao contrário do que pensei, só elogios, foi aí que decidi fazer um teste comigo mesma.
Vou me autofotografar e vou tentar expor para ver se perco a timidez. Assim, fui postando autorretratos sensuais e nu nas redes sociais. Tive um pouco de reprovação por parte de uma única pessoa na família, que simplesmente ignorei.
Decidi, então, fazer um ensaio profissional. Achei que já estava na hora de perder a vergonha de mostrar meu corpo num ambiente mais profissional, com pessoas que saberiam quais poses eu precisaria fazer melhor do que eu mesma.
Assim, fui. Lembro de me pendurar na janela nua em plena Cardeal Arcoverde movimentadíssima e me sentir plena com aquele vento na cara e os clicks por detrás de mim.
Esta foi uma experiência que me soltou para o mundo da modelagem.
E cá estou, feliz fotografando a todo momento, sem medo nenhum de expor meus defeitos.
Puxe uma cadeira e comente, a casa é sua. Cultivamos diálogos não-violentos, significativos e bem humorados há mais de dez anos. Para saber como fazemos, leianossa política de comentários.