Como consequência do post sobre o dia em que o grunge morreu, surgiu a necessidade natural de fazer essa fita. Alguns comentários guiaram as escolhas dessa seleção.

Como ponto de partida, quis mostrar que apesar de melancólico e trágico, o grunge é antes de tudo um movimento de contra-cultura e rebeldia. Mesmo que fosse de forma gratuita, a maioria dos conjuntos se postava em uma atitude crítica ao mainstream artístico e político da época.

Crédito da espetacular imagem também para charlespeterson.net . Procurem pelo álbum “touch me i´m sick” .

Tentei manter uma linha temporal, mesmo que ela tenha acabado. Por que afinal, grunge is dead!

1. Mudhoney | Touch Me I’m Sick

Mark Arm é tido como o cunhador do termo “grunge” e o Mudhoney é um das pedras fundamentais do estilo. Dotados de uma pegada punk recheada de muita distorção e microfonia, mesmo no ápice do movimento, a banda se manteve underground. O que protege a sua qualidade até hoje.

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2. Mother Love Bone | Stardog Champion

Andrew Wood é a primeira vítima a padecer na ópera grunge. Companheiro de quarto de Chris Cornell, Wood era ladeado por Jeff Ament e Stone Grossard no supergrupo que tinha tudo para roubar a cena de Seattle. Wood morreu de overdose pouco antes do lançamento do debut do Love Bone. Uma grande voz e uma grande canção.

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3. Temple of the Dog | Hunger Strike

Em homenagem ao amigo morto, Cornell, Ament e Grossard se juntaram no que acabou sendo uma das melhores bandas dos anos 90. O disco-tributo para Andrew Wood é recheado de hits e muito bem composto e executado. Eddie Vedder estava em Seattle para os testes para o Mookie Blaylock. Assim como o destino tirou o Love Bone do caminho, colocou o Pearl Jam.

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4. Screaming Trees | Shadow of the Season

O Screaming Trees é um dos veteranos do grunge. Com um certo ar catedrático e marrudo, a banda expeliu bons discos ao longo da carreira. “Sweet Oblivon” é o principal deles e “Shadow of the Seasons” sua faixa de abertura. A banda também viria a fornecer elementos para formar o competente Queens of Stone Age.

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5. Soundgarden | Outshined

O metal é marca comum das bandas de Seattle, mas o Soundgarden abusava. Contando com a voz definitiva do grunge, o grupo sempre fez um som esmerado e complexo. Chris Cornell viria a se mostrar um artista muito versátil e voltou aos holofotes com o Audioslave.  “Outshined” chega a ser uma ópera.

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6. Tad | Wood Globins

Com nítida influência do hard-rock setentista, o Tad é uma das primeiras referências do movimento grunge. Seu primeiro disco de 1989, trazia “Wood Globins” que tem um clipe recheado de referências nerds e rock-horror.

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7. Stone Temple Pilots | Vasoline

O grunge espalhou seus tentáculos até San Diego, de onde veio o Stone Temple Pilots. Com um som um pouco mais glamouroso que a crueza dos seus colegas de Seattle, Scott Weiland e sua trupe emplacaram hits importantes como “Plush” e “Big Bang Baby”. Weiland quase se perdeu nas drogas, mas tomou vergonha na cara e voltou a ativa. Após liderar o Velvet Revolver, se reuniu com seus velhos amigos e aportou no Brasil no ano passado.

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8. Pearl Jam | Leash

A trajetória do Pearl Jam dispensa comentários. Os caras estão aí para falar por si próprios, bem como sua música. O PJ é uma das bandas que celebram a vida e não só lamentam a dor. Para ouvir no máximo volume.

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9. Alice In Chains | Nutshell

Se você está desgostoso com a vida, ouça Alice In Chains. As músicas carregadas de alma vão te trazer uma perspectiva diferente. Podem te consolar, podem te derrubar mais. Mas com certeza vão te afetar. E é aí que está a grandeza de um artista.

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10. Nirvana | Love Buzz

Com uma das bandas mais exploradas pela mídia no auge do grunge, Kurt não soube lidar com a fama e com todos seus demônios. Repetiu o destino dos grandes astros da década de 1970. Sua suavidade agressiva e sua sensibilidade crua são os ingredientes primordias do som do Nirvana. A herança definitiva do pop e do rock dos anos 1990.

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E vocês, quais músicas acrescentariam a essa lista?

Flaco Marques

Rapaz do interior de SP que vive suas desventuras na cidade grande. Poliglota valente, busca equilibrar o jeito cosmopolita de ser com a simplicidade caipira de viver.