Acabei de terminar minha pós-graduação. Enquanto escrevo este texto, penso que deveria estar focada na defesa do meu trabalho, daqui a duas semanas. Tanto acho que, além de ter feito o percurso normal (da educação básica à especialização), estudei, vejam só, educação.

E não é grande coisa estudar educação hoje em dia, quero que saibam. Explicar para a família, para os amigos e para os professores do ensino médio que você optou por fazer uma licenciatura é assinar atestado de mediocridade. Sempre tem os “mas” na história. Do “mas você é tão inteligente” até o “mas vai ser professora mesmo?”. Inconformados. Não sem razão.

“Amiga, você sabe qual é o problema de matemática mais complicado de resolver? É adequar o salário da professora aos gastos cotidianos”

Sem aquele lenga-lenga básico que assola os professores (que são mal pagos, que são sofredores, que trabalham demais, que sofrem muita pressão), trabalhar com educação não tem o menor glamour. Até aí, não vejo muitos médicos no salto alto também. Mas queria sim uma possibilidade de salário maior, melhores condições de trabalho e educação de qualidade – da creche ao doutorado.

Digo isso porque se a educação não anda grandes coisas na educação básica, meus caros, é porque a educação não anda grandes coisas para quem a estuda.

Acabei de me formar em uma pós-graduação pública, de uma das ditas melhores universidades e que não foi grandes coisas na minha vida. Foram semestres intermináveis de experimentações e uma teoria que descansava em paz nas referências bibliográficas. Com as portas fechadas cada qual faz o que bem entende do seu currículo, não é mesmo? Com salas abarrotadas de alunos e impossibilidade de tempo para apresentação do tema e discussão, acho difícil qualquer curso mudar a vida de quem dele participa. Sem metas, objetivos e um currículo delineado pela necessidade do mercado, tudo pode ser muito bom (e dar tão certo quanto algumas histórias que vemos por aí) ou pode, simplesmente, não rolar.

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Link YouTube | João Felipe Scarpelini fala sobre como fazer a diferença, apesar de tudo

João Felipe Scarpelini foi contra a corrente: inconformado com o saber engessado das instituições, da impossibilidade de agir por meio delas, decidiu aprender na prática, tomou as rédeas da sua formação. E esta é a tendência: se a cada dia temos menos tempo, se enfrentamos mais trânsito e temos mais tarefas, a educação que queremos deve seguir o ritmo que escolhemos para nossas vidas. Acredito em um futuro cheio de possibilidades para quem quer fazer diferente, para quem quer realmente agir, sem desperdiçar tempo e dinheiro.

Cada vez mais surgirão maneiras de formação mais diretas e eficazes. Cursos modulares, educação a distância, esquemas que se auto-intitularão como de “aprendizagem concentrada” e de “plataformas de ensino pop up”. Formações que cada vez mais entendam e nos façam entender que o aprendizado é absolutamente dependente da nossa história, do nosso momento. Que somos autônomos quanto a isso e que cursos são apenas… cursos.

Mecenas: UniSEB Interativo

A UniSEB Interativo entende a necessidade dos alunos de pós-graduação dos nossos tempos. Por isso, disponibiliza 14 opções de curso para aqueles que buscam uma especialização profissional de qualidade, mas precisam usar seu tempo com inteligência e querem aprender sem sair de casa.

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Update

Das 23 pessoas que responderam à pergunta da promoção, quem leva a bolsa de estudos é Maicon Preuss (veja imagem do sorteio abaixo). O vencedor tem 48 horas para mandar um e-mail para contato@papodehomem.com.br e reclamar seu prêmio. Caso contrário o mundo se consumirá numa bola de fogo eterna e todos seremos punidos pelos nossos pecados depois do tocar de trombetas.

Isabella Ianelli

Pedagoga interessada em arte e educação. Escreve no blog <a>Isabellices</a> e responde por <a href="http://twitter.com/isabellaianelli">@isabellaianelli</a> no Twitter."