Quem acessa a PdH há mais tempo sabe que o ouro desse lugar são os comentários.
Ano passado foi publicado aqui no Ladies Room um dos melhores textos de toda nossa história, o Porque as mulheres traem, pela Anaïs. Tão bom que é comentado até hoje, já na marca de 285.
Ontem a leitora Ninha discorreu tão bem sobre o tema que tomei a liberdade de transformar o comentário dela em post. Aproveitem.

Guilherme
Editor PdH
—
Olá!
Nem a monogamia, nem a poligamia são naturais no ser humano.
Os dois são construções sociais. Contudo, há duas coisas naturalíssimas no ser humano: o desejo (que não está ligado ao amor, isso acho que todo mundo já deve ter sentido na pele) e a vontade de viver com emoção. Estas duas coisas são indiscutivelmente humanas. E é por isso que a traição ocorre. Homens traem e mulheres também.
Além disso, a fidelidade feminina especificamente sempre teve uma função social: a divisa dos bens da família. O homem precisa garantir que sua herança será deixada a filhos legítimos. Claro, essa é a explicação mais plausível para mim.
Tive um longo namoro… e com esse nunca aconteceu nada. Como eu nunca desconfiei de nada, eu não tinha pq pensar em fazer o mesmo, pq existia reciprocidade na lealdade. Eu nunca soube de nada que ele tenha feito. Se ele fez, fez muito bem feito.

Contudo, com um outro… fui traída primeiro e fiquei me perguntando se valia a pena conter meus desejos. Por muito tempo não fiz nada. Tentei perdoar. Mas, quando veio a segunda história não resisti às investidas de um carinha na noite.
Tudo isso é para dizer que mulheres traem sim e que a Anais está correta na maioria das motivações descritas. E também gostaria de dizer que a mulher só se sente culpada e esconde seus comportamentos por essa moral machista que domina a sociedade ocidental.
Não defendo a putaria generalizada, mas fato é que mulheres sentem desejo. E se nos julgam mal é apenas uma questão cultural. Que acredito eu, mudará em breve.
Abraços a todos!
– Ninha
Puxe uma cadeira e comente, a casa é sua. Cultivamos diálogos não-violentos, significativos e bem humorados há mais de dez anos. Para saber como fazemos, leianossa política de comentários.