Achei um texto machista/homofóbico/preconceituoso no PapodeHomem, o que eu faço?

Por favor, tragam as críticas ao nosso conhecimento

Uma das diretrizes que baliza o conteúdo do PapodeHomem é o de ser, ao máximo, um espaço que gere benefício para as pessoas. Nosso editorial é inteiro baseado na premissa de que é possível atingir as pessoas com conteúdo interessante, divertido, útil e benéfico.

Isso é um desafio e tanto. Discutimos diariamente o que "benéfico" realmente significa. Sabemos que somos humanos, cometemos erros, nos enganamos e, nem de longe, temos as respostas para tudo.

Por isso, é natural que mudemos de opinião e sigamos refinando nossa visão.

Sabemos que não estamos isentos de já termos dito muita coisa que hoje não diríamos (e mesmo de cometer equívocos atualmente).

Por isso, temos um pedido para a comunidade.

Por favor, tragam as críticas ao nosso conhecimento

O PapodeHomem, como tudo na vida, está longe de ser uma unanimidade. Temos muitos críticos que possuem seus próprios pontos de vista sobre o que fazemos. Cada um com variados níveis de abertura e contato.

Não conseguimos saber de tudo o que as pessoas têm a dizer. Não temos acesso a todos os espaços (nem daria, né?), ou deixamos passar batido, por sermos poucos ou simplesmente estarmos aproveitando nossa merecida folga durante o final de semana.

O importante é que, às vezes, as pessoas estão expondo pontos de vista úteis em lugares que nós simplesmente não temos acesso, por diferentes motivos.

Gostaríamos muito que as pessoas que possuem críticas e sugestões viessem mais vezes dialogar conosco sobre como podemos melhorar.

É por isso que pedimos:

Caso você tenha uma crítica ao conteúdo do PapodeHomem ou texto específico, por favor, traga ao nosso conhecimento. É essencial termos acesso à visões que tenham algo a acrescentar ao que fazemos todos os dias.

Há terrenos difíceis, mas estamos dispostos a explorá-los

Nós queremos, sim, saber como ser menos machistas, misóginos, racistas, homofóbicos, e/ou diminuir quaisquer outras formas de exclusão e preconceito que já tenhamos proliferado.

Para isso, temos a nossa caixa de comentários, onde sempre estamos abertos ao diálogo, ou, caso você prefira discrição, pode nos contactar pelo e-mail conteudo@papodehomem.com.br. Ainda, se você estiver por São Paulo e estiver disposto(a) a ter uma conversa presencial, também estamos disponíveis, basta marcar com alguma antecedência.

O que acontece quando um texto é criticado?

Eventualmente, algum texto antigo volta à tona. Às vezes, é um texto bom, que não gera nenhum constrangimento, mas em outras, é um texto com alguma visão preconceituosa ou irresponsável. Em geral, no segundo caso, alguém acaba nos ativando.

Quando isso acontece, há alguns caminhos possíveis:

1. Manter o texto como está: às vezes simplesmente escutamos, conversamos e chegamos à conclusão de que o melhor caminho é manter o texto como está. Nem sempre a crítica faz sentido ou avaliamos que o texto é problemático. Importante ressaltar que recebemos pedidos assim de todo tipo de pessoa, desde os fanáticos por CAPS LOCK sem nenhuma lógica a professores de universidades. Precisamos ter bom senso, não dá pra mudar algo a cada pedido.

Muitas vezes a conversa nos comentários se encarrega de desenvolver melhor a questão e fazer surgir pontos de vista complementares e necessários.

2. Revisamos e melhoramos o texto: nem sempre a coisa é preto no branco. Muitas vezes, um determinado ponto ou frase do texto é problemático. Se é assim, preferimos revisar o texto, corrigindo a falha, sempre em diálogo com o autor. 

Exemplo: mudamos, por sugestão de leitores, alguns detalhes do texto "Precisamos conversar sobre o estudante que morreu após beber 30 doses de vodca". Removemos uma ofensa desnecessária e alguns erros de português.

3. Adicionamos notas: há casos nos quais aquele texto fez parte de uma conversa maior. Assim, adicionamos notas que possam nortear as pessoas sobre quais os pontos problemáticos, o contexto ao redor e orientamos para os outros estágios da conversa. 

Fizemos isso no texto "Mulher que dá na primeira noite... essa é pra casar".

4. Reescrevemos tudo: muito do nosso conteúdo é vivo, se transforma junto com o que vamos conversando com as pessoas. Portanto, se um determinado tema ainda é relevante, mas foi apresentado de uma forma problemática, há a possibilidade de reescrevermos para que ele se adapte para melhor atender ao seu propósito. 

Um exemplo recente é o "Prisão Monogamia", do Alex Castro, que foi completamente reescrito para comportar uma linguagem menos violenta.

5. Tiramos o texto do ar: essa é a última das possibilidades. 

Quando o texto é obviamente problemático, gera algum constrangimento grave ou problema para o autor ou outra pessoa citada, e não há nada que possamos fazer para melhorá-lo, ele sai do ar. 

* * *

Essas são só algumas de várias possibilidades que vão surgindo no decorrer dos diálogos. Pode ser que, no futuro, venhamos a ampliar esse pequeno roteiro com novas opções que viermos a testar e se mostrarem boas.

Vale lembrar que há muitos tons de cinza em diversas conversas que conduzimos no PapodeHomem. É impossível agradar todas as pessoas envolvidas nos mais diferentes pontos de vista que manifestam, mas nos esforçamos ao máximo para que tudo seja feito da melhor forma possível.

Entendemos também que nem sempre os discursos e visões são obviamente danosos ou prejudiciais. Muito se encontra numa área que demanda discussão, diálogo aberto e, por vezes, difícil de se chegar em um consenso. Estamos aqui para abrir as feridas e estressar as questões até extrairmos o melhor delas.

Então, reforço: e-mails, comentários, tweets, inbox por Facebook, seja qual for o canal escolhido, o que você tem a dizer é bem vindo.


Nota: atualizamos esse texto deixando mais claro o que pode acontecer quando recebemos uma crítica. A primeira possibilidade é o ponto 1, "Manter o texto como está", adicionado agora.

A última das possibilidades é remover o texto. 


publicado em 05 de Março de 2015, 18:47
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Luciano Ribeiro

Cantor, guitarrista, compositor e editor do PapodeHomem nas horas vagas. Você pode assistir no Youtube, ouvir no Spotify e ler no Luri.me. Quer ser seu amigo no Instagram.


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