A tragédia. Abraçamos a vontade de vingança com a mesma força que escancaramos o coração quando nos apaixonamos. É cafona, juvenil, uma intensidade desmedida e deliciosamente agressiva.
Mexe com a fome, com os sonhos, a respiração. Dá ansiedade, um quase vômito, a necessidade de apertar algo entre os dedos. Tanto amor romântico quanto a vingança, ambos sentimentos de anular o outro.
É disso que mostra o trailer abaixo de três lindos minutos:
“Bill Plympton já dirigiu dez longas-metragens, sete deles animados. O cara recebeu duas indicações ao Oscar por seus curtas-metragens, e foi o primeiro de sua audiência a dar vida a um projeto com a ajuda do Kickstarter – sua nova animação “Cheatin”.
Cheatin recebeu cerca de 26 mil dólares amais que o esperado pela plataforma, e é uma narrativa deliciosa, que apesar do excesso de amor, ciúme, vingança, sedução e assassinato, fala sobre traição com uma dose gostosa de humor.”
– Do IdeaFixa.
O sofrimento de quem é traído, o ímpeto de quem trai, a dor do amor correspondido em linhas tortas, a expectativa da perfeição, a desconfiança, a falta de confiança no próprio taco, o feitiço do perigoso e do proibido, o minuto de descuido, a noite de vacilo, os pensamentos sórdidos.
Fácil embarcar no jogo e difícil de sair dele. Mas que dá, dá. Tenho, aqui embaixo, algumas leituras que podem ajudar.
Leitura complementar sobre traição
1. Onde começa a traição?;
“Será quando ela sente vontade de conhecer outra pessa qualquer, mesmo sem avisar alguém específico, ainda?”
2. Tudo o que você queria ouvir sobre traição;
“Vamos admitir logo de saída: por mais bem intencionado que alguém seja, por mais votos e compromissos de fidelidade que tenha definido, há sempre a possibilidade de beijar, transar, se apaixonar por uma terceira pessoa. E a frequência dessas relações paralelas é muito maior do que imaginamos.”
3. Amo minha namorada, mas não consigo parar de trair | ID #34;
“No que se refere aos desejos sexuais, poderíamos dividir as pessoas em dois tipos: as que alimentam os desejos de forma inadiável e as que treinam o adiamento dos desejos.”
4. Amar e dar gargalhadas | Do Amor #2;
“Naquele dia ela disse que precisava ir embora mais cedo, mas que me encontraria no restaurante, como combinamos. Pela janela eu a vi entrando no carro de alguém sem me contar onde ia e com quem ia. Aquilo me preocupou o dia inteirinho, mas eu não teria a audácia de perguntar com quem ela saíra, não queria dar chama a um ciúme que não poderia existir. Mas por dentro eu era só fumaça preta e brasa.”
5. A matemática da mulher perdida | Cotidiano #4;
“O tempo passou e chegamos a essa celebração fora de época redonda em que eles completaram “três anos e dois meses de um amor sem igual, calor de minh’alma e luz que guia meus caminhos por onde quer que eu vá”.
Meloso. Mas honesto. Quem sou eu para fazer crítica às sentimentalidades alheias.
Três anos e dois meses de um am…PERA UM POUQUINHO!”
Boa sorte.
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