Contra minha vontade fui arrastada pra uma danceteria, a mais badalada de BH. Após me decepcionar com um namoro de 7 anos, tudo o que eu precisava era me acabar numa pista de dança.
Por volta das 3 da manhã já com as pernas doendo, cansada e suada fui pro bar tomar uma água e ao meu lado estava Vanessa*, às voltas com um cara dando em cima dela. Quando ele tentou beijá-la, mais que depressa ela passou o braço no meu pescoço e disse que estava acompanhada.

Eu ri, meu coração acelerou, minhas pernas bambearam, senti que enrubreci, mas fiz que sim para o homem que saiu assustado. Caímos na gargalhada e ficamos conversando, pedimos mais uma bebida, senti que eu a despia com os olhos, e se não estava enganada ela levava a sério o fato de estar em minha companhia.
Vanessa era branquinha com os cabelos lisinhos, olhos castanhos cor de mel, seios firmes, muito bonita, de atrair olhares masculinos e femininos. Ela me confessava seus segredos, contava suas intimidades, descrevia com detalhes suas aventuras, eu só sentia vontade de beijá-la, era a primeira vez que sentia desejo forte por uma mulher depois de alguns anos me privando, lutando contra meu desejo latente, disse-lhe que iria embora.
Ela segurou minha mão e disse que iria também, já no táxi fomos conversando de mãos dadas com os dedos entrelaçados como namoradas, senti sua mão no meu joelho e perguntei num ato de coragem extrema se ela queria ir pra casa, ela me beijou e fomos pro motel mais perto.
Sutilmente ela perguntou se era minha primeira vez, disse que sim, fechei meus olhos e me deixei guiar pelas mãos macias dela, liberei o desejo contido há 14 anos, desde o primeiro beijo…
Ela foi calma, com beijos macios, explorou meu corpo de forma absurdamente gostosa como se fosse a primeira que ele era tocado, não precisava dizer nada, ela conhecia meu corpo. Rapidamente cheguei ao orgasmo, simples, natural e intenso de me deixar em extâse por alguns minutos. Infelizmente não fiz muito por Vanessa, minha falta de jeito e timidez me fez egoísta, mas Vanessa disse que a recompensa dela era a minha felicidade estampada.

No outro dia me despedi dela como quem se despede de uma grande amiga. Nunca mais voltei a ver Vanessa, nunca liguei pra ela e nem ela pra mim.
Uma semana mais tarde eu estava no lugar de Vanessa, iniciando a Marcinha* nos prazeres da vida. Realmente o sorriso compensa, um dia espero encontrar Vanessa pra poder agradecê-la.
* nomes fictícios
Puxe uma cadeira e comente, a casa é sua. Cultivamos diálogos não-violentos, significativos e bem humorados há mais de dez anos. Para saber como fazemos, leianossa política de comentários.