A Recording Industry Association of America (RIAA) anunciou que sua receita com a venda de vinis cresceu 23% nos primeiros seis meses deste ano, alcançando US$ 1,03 bilhão.
É dinheiro que não acaba.
E é vinil.
Aquela coisa que seu pai orgulhasamente empilhou na frente de casa e doou para amigos, inimigos e parentes chatos. Por quê? Pelo futuro que chegava lindo e maravilhoso com os CDs. Que erro!
A coisa mais maluca disso tudo é que, segundo uma matéria Fact Magazine, a dinheirama da RIAA faz com que os vinis tenham uma fatia maior de colaboração na indústria da música do que YouTube, Spotify e Vevo.
Maluco, não?
A matéria também cita a abertura de novas plantas de prensagem de discos espalhadas pelo país. Quem seria capaz de acreditar nisso em 1995? Ninguém. Muito menos o seu pai!
Já que os americanos são doidões por vinil, que tal falarmos sobre algumas das boas opções para voltar de lá com a bagagem cheia de raridades?
Ok, o dólar não ajuda. Mas, no mínimo, dá para salivar de vontade.
Vamos às dicas.
1. Rebel Rebel, Nova York
319, Bleecker Street. Village
Bleecker Street Records. Essa era a indicação no Village para os viciados em vinis.
Fui lá. Enorme. Uma Wal-Mart dos vinis.
Parecia o paraíso. Mas a realidade foi bem diferente. Atendimento ruim (o cara não conhecia Lee Ranaldo, que acabou de tocar em São Paulo, aliás) e prateleiras cheias de obviedades. São Paulo dá de 10 x 0. Vazei.
Nas redondezas, a outra indicação era uma tal Rebel Rebel. Moquifo. Apertado, sem espaço, e com vinis para todo lado. Será?
Meu amigo, que coisa! Não há nada que não se encontre por ali. Com o lugar faltando – são uns 15 metros quadrados -, a loja fez a inteligente aposta em manter um catálogo estupidamente gigante e variado. O que você perguntar, vai encontrar. Do indie folk ao jazz, é só delícia.
2. Reckless Records, Chicago
1379, N. Milwaukee Avenue
Esta não tem os dois andares da Bleecker em Nova York, mas tem um espaço enorme também. Aqui o destaque é para o gigantesco catálogo de discos usados e com preços honestíssimos. É bem fácil encontrar um discão classudo em ótimo estado por módicos US$ 5. Com US$ 50 você volta para casa abastecido de altas glórias do passado.
Dá levar pôsteres dos shows que rolam nas redondezas da jovem e divertida Milwaukee Avenue para casa na faixa também. Atendimento excelente e dedicado. Ótima pedida!
3. Repo Records, Filadélfia
538, South Street
Preciso dizer que não gastei um centavo sequer aqui.
Não é que não quisesse. Mas como estava num “bate e volta” e iria para um show naquela noite, não era razoável comprar nada.
Mas tudo na Repo soa honesto e até simples. Me lembrou demais o climão daquelas lojas de galerias do Centrão de São Paulo (principalmente a Nova Barão, pertinho do Thatro Municipal).
O lugar tem um foco apurado em relançamentos de luxo, organiza tardes de autógrafos com quem vai tocar na cidade e dá uma atenção bem especial ao hip hop, o som preferido da cidade. Ainda volto aí, Repo!
E vocês? Qual foi o lugar mais fodão que encontrou para vinis? Vale qualquer localidade!
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