Poucas categorias do automobilismo nacional crescem como a Stock Car. Com apoio da mídia e admiração de empresários, a modalidade ganhou em profissionalismo, qualidade e, principalmente, respeito daqueles que frequentam autódromos ou acordam cedo no final de semana.
Nada disso é à toa. É clara a evolução da Stock Car enquanto negócio. Os patrocinadores cresceram o olho e investiram, especialmente nos últimos cinco anos, cifras significativas nas equipes. Isso é bom para o esporte, para o atleta e, claro, para o fã de automobilismo órfão de emoção.
Bom mesmo. E olha que eu nunca acreditei nisso.
Gosto de Fórmula 1. Gosto do Senna. Prefiro o Piquet, mas o Senna teve seus momentos. Era uma boa rotina começar o domingo com uma vitória do Senna. E ainda tinha um episódio do Macgyver depois do GP na TV Globo. Isso era vida. Depois de 1994 pouco acompanhei corridas. Enchi o saco. Em 2010, depois de longo e tenebroso inverno, arrisquei ver Stock Car.
Não serei idiota de comparar duas modalidades tão distintas. Mas como admirador de corridas, não posso negar que a categoria está em ótima fase. Com dinheiro – indispensável para um esporte caro – e relevância para a mídia, a Stock Car tem exibido fatos importantíssimos para não você dormir assistindo uma corrida na televisão.
Porque eu sempre durmo assistindo Formula Indy.
Ultrapassagens
Não tenho menor idéia da média de ultrapassagens em uma etapa de Stock Car. Mas acredito ser, pelo menos, o triplo do que acontece na Fórmula 1. É lindo aquele papo de tática, técnica do piloto e estratégia de equipe. Mas vamos ser sinceros: nada é mais bonito que uma ultrapassagem bem feita.
O imprevisível
O que mais tem me decepcionado na Fórmula 1 é a falta de surpresas. Logo nas três primeiras corridas podemos adivinhar tudo o que deve acontecer no resto da temporada. A diferença entre as equipes é gigantesca, deixando o campeonato nas mãos de, no máximo, três escuderias.
Já na Stock Car, não sei se devido ao esquema de pontuação ou o nível semelhante das equipes, é difícil apontar favoritos no começo do campeonato. Claro que existem os sempre favoritos Caca Buenos e Ricardo Mauricio, mas o próprio Max Wilson provou em 2010 que sempre há espaço para uma agradável novidade na tabela.
Pratas da casa
Está cansado em ver gringos no pódio? Bom, na Stock Car isso não é problema. O fator local traz belas disputas nos autódromos brasileiros. Além disso, há a possibilidade de corridas em vários cantos do Brasil e fora do eixo, como em Ribeirão Preto (SP), Campo Grande (MS), Salvador (BA), Londrina (PR) e Santa Cruz do Sul (RS).
Esse tour da Stock Car é valioso para o turismo local. A economia gira e novos fãs de modalidade vão sendo cultivados. Bom para a cidade, bom para o esporte.
Menos frescura
A resistência dos carros e espírito afoito dos pilotos faz com que a Stock Car tenha mais contato que modalidades mais velozes. E isso deixa tudo mais legal. As provas ficam mais intensas e competitivas. Não há penalizações tão severas como, por exemplo, na Formula 1, onde um toque no carro adversário pode render muitos problemas.
É comum carros cruzarem a linha de chegada completamente depenados. Isso é muito hardcore. Aliás, isso é algo que sinto falta na fórmula 1. Lá é tudo muito disciplinado. Muito burguês.
Falta, sei lá, um zagueiro uruguaio pilotando.
Mais de um campeão por década
De 2000 até 2010 foram sete campeões diferentes: Chico Serra, Ingo Hoffman, David Muffato, Guiliano Losacco, Cacá Bueno, Ricardo Mauricio e Max Wilson. Essa rotatividade mantém – e engrandece – a modalidade.
Descobri que a Stock Car é legal. Não há um gênio Schumacher. Mas um monte de esforçados Rubinhos.
Há muito que melhorar na Stock Car, como a disciplina de datas e horários, qualidade dos pilotos e estrutura dos autódromos. Mas esse cenário undergound tem o seu charme. Hoje, uma corrida de Stock Car tem todos os ingredientes possíveis para um excelente programa de final de semana.
Tão bom quando um churrasco com os amigos.
Quer experimentar?
Promoção: Churrasco no QG e Stock Car em Interlagos
O Papo de Homem vai te apresentar todos os prazeres de uma corrida de Stock Car e de uma tarde no QG. Você e mais um amigo poderão assistir, na faixa, a etapa de São Paulo em Interlagos no dia 7 de agosto. De quebra, são convidados para um legitimo churrasco no QG com os canalhas do PdH. (Leia o regulamento)
Serão anunciados vencedores os leitores que responderem de modo mais criativo a seguinte pergunta nos comentários:
“Por que assistir a Stock Car com os ogros do Papo de Homem pode ser tão bom quando assistir a Copa América com a Larissa Riqueme“?
A avaliação será feita pela equipe de conteúdo do PdH. Os vencedores serão anunciados no dia 27 de julho. Os três autores das melhores frases ganham um par de ingressos para a Etapa de São Paulo da Stock Car.
E, claro, a nossa eterna gratidão pela visita ao QG.
Ah, e não precisa trazer cerveja. Apenas uma amiga bonitinha.
Update
Os vencedores são: Cleiton Souza, Fábio Bergamo e Vitor Cardoso Elias Ferreira. A comissão julgadora das frases foi composta pelos editores Fred Fagundes, Rodolfo Viana, Jader Pires.
Parabéns, cabrones. Preparem o fígado. E fiquem tranquilos que entraremos em contato.
Oferecimento: DPaschoal
Clique aqui, acesse a Fan Page e seja feliz.
Puxe uma cadeira e comente, a casa é sua. Cultivamos diálogos não-violentos, significativos e bem humorados há mais de dez anos. Para saber como fazemos, leianossa política de comentários.