14 práticas para 2014 (ou Como se envergonhar de si mesmo em 2015)

Arte de Fábio Rodrigues
Arte: Fábio Rodrigues

Nesse começo de ano é comum surgir um clima de limpeza, ajuste de propósitos, retomada de sonhos, vontade de aproveitar melhor o tempo. Além de metas e promessas pontuais, o que exatamente pretendemos fazer para transformar nossa atitude como um todo, o modo como vivemos em corpo e mente todas as experiências?

Neste breve post (que enviamos por email semana passada para a lista de interessados no lugar), sugerimos algumas possibilidades.

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1. Assumir responsabilidade por nosso mundo interno.

“Quando minha filha dá um chilique e eu fico irritada, ela apenas está me apresentando à minha própria irritabilidade. A raiva não é causada por ela, a raiva é minha.”
—Ana Thomaz (em vídeo exclusivo para o lugar)

“Não é o que o outro seja irritante; eu é que me irrito.”
—Lama Padma Samten

2. Dedicar 15 minutos para uma prática diária realmente transformadora.

3. Toda vez que invejar amigos em fotos de festas no Instagram ou no Facebook, lembrar-se: não há festa.

4. Experimentar muitas peças numa loja cara e não levar nada. Usar a experiência de compra para enfrentar nossa necessidade constante de agradar a todos e aprender a consumir de forma mais consciente.

5. Comer mais comida de verdade. Dieta paleolítica, crudívera, low carb, reeducação alimentar com acompanhamento de nutricionista (não importa) ou fazer apenas o básico: diminuir o consumo de açúcar refinado e industrializados. Comprar na feira ou encomendar de um pequeno produtor orgânico é um bom começo.

6. Não divulgar conteúdos maléficos, mesmo que seja para criticá-los.

"Não devemos comentar conteúdos que consideramos moralmente negativos, muito menos compartilhá-los (ainda que com um comentário negativo). Não existe publicidade negativa, e o melhor é sempre punir com o ostracismo.”
—Eduardo Pinheiro (em texto exclusivo para o lugar)

7. Lembrar da morte, desenvolver critérios mais afiados para filtrar lixo cognitivo e não ser tão refém de epifanias e distrações.

8. Responder a si mesmo: sofro trabalhando para ganhar dinheiro suficiente para comprar experiências que ajudem a suportar esse sofrimento? Caso a resposta seja sim: "O seu estilo de vida já foi projetado" e "Pare de equilibrar sua vida com seu trabalho".

Do sempre genial André Dahmer | www.malvados.com.br
Do sempre genial André Dahmer | www.malvados.com.br

9. Descobrir arte além do entretenimento. Pedir curadoria para amigos da área, fuçar o IMDB, usar a arte para expandir nossos sentidos e cultivar empatia.

10. Aprender alguma atividade corporal e lúdica (dança, artes marciais, teatro, esporte...), que naturalmente causa mudanças indiretas em nossa relação com o corpo — nosso e dos outros.

11. Olhar mais para o céu.

12. Conhecer a comunidade e se apropriar dos espaços que nos cercam. Apresentar-se aos vizinhos, ajudar desconhecidos, cuidar daquela praça escondida no fim da rua, pendurar um cartaz no elevador do prédio para descobrir o sonho dos outros, habitar de verdade nosso próprio bairro.

13. Adicionar uma camada silenciosa de treinamento interno. Não necessariamente sair do emprego, acabar o casamento, raspar a cabeça (o problema nunca é o emprego, o casamento ou o cabelo…). Não fazer alarde.

14. Pirar. Realmente pirar em algo. E às vezes apenas pirar, a la Reggie Watts, no melhor estilo WTF.

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Você deseja intensificar seu desenvolvimento?

É possível implementar algumas mudanças andando sozinho. Mas podemos também praticar em rede, junto com quem está igualmente motivado a cultivar qualidades positivas.

No lugar, oferecemos uma plataforma online que concentra pessoas de todo canto do Brasil e do exterior para experimentar práticas de impacto direto no cotidiano, conversar sobre o que importa, oferecer e pedir ajuda, enriquecer projetos e aprender de perto com diversas vidas.

Se quiser participar deste experimento de transformação coletiva, entre por aqui →

olugar.org | Recortes do conteúdo exclusivo (práticas e artigos) e do fórum
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Desejo de coração que qualquer lugar seja o lugar, que toda situação difícil seja incorporada ao nosso treinamento (seja ele qual for), que nossa atividade se torne cada vez mais impactante com cada vez menos esforço, e que sejamos atropelados por aquela presença descomplicada que surge em nós quando paramos de tentar ser alguém.

Seguimos!

Quer colocar isso em prática?

Para quem está cansado de apenas ler, entender e compartilhar sabedorias que não sabemos como praticar, criamos o lugar: um espaço online para pessoas dispostas a fazer o trabalho (diário, paciente e às vezes sujo) da transformação.

veja como entrar e participar →


publicado em 17 de Janeiro de 2014, 06:31
Gustavo gitti julho 2015 200

Gustavo Gitti

Professor de TaKeTiNa, colunista da revista Vida Simples, autor do antigo Não2Não1 e coordenador do lugar. Interessado na transformação pelo ritmo e pelo silêncio. No Twitter, no Instagram e no Facebook. Seu site: www.gustavogitti.com


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