Houve um tempo no qual o termo propaganda tinha ares mais neutros. Se isso mudou para um sentido que leva mais para o lado da persuasão, provavelmente é, em grande parte, por causa do papel que o nazismo deu a ela.
Hitler e Goebbels dedicaram um esforço especial para descobrir como utilizar-se da propaganda em favor do regime nazista, moldando o comportamento dos alemães de acordo com aquilo que era de seu interesse. E isso teve um impacto bem potente, principalmente por causa do foco estrategicamente aplicado a convencer e doutrinar crianças e jovens.
Hitler acreditava que a devoção deveria ser cultivada desde cedo. Por isso, jovens impressionáveis eram levados a treinamento e sofriam uma espécie de lavagem cerebral para serem fiéis seguidores do regime, capazes de dar a vida em atividades extenuantes, caso fosse preciso.
Os perigos da estratégia ficam evidentes quando analisamos os números pós-Segunda Grande Guerra: durante a batalha de Berlim, em 1945, a Juventude Hitlerista foi colocada em batalha e dizimada. Diz-se que apenas dois membros da organização que estavam envolvidos no combate sobreviveram.
Rostos sorridentes e bonitos, posturas imponentes, discursos otimistas. Muitas das técnicas de propaganda usadas ainda hoje compartilham dessa origem. Podemos encarar isso como um lembrete do poder e da responsabilidade que temos ao criar ou consumir material publicitário.
Talvez, os interesses sejam bem piores do que pode parecer quando rimos das sacadinhas bem humoradas dos comerciais.
“O nariz judeu é curvado, parece o número 6…”

“A juventude serve ao líder: todas as crianças de 10 anos na Juventude Hitlerista”

“A juventude serve ao líder: todas as crianças de 10 anos na Juventude Hitlerista” (Versão Feminina)

“Coletor de papel Ariano”

“O estudante alemão luta pelo Führer e pelas pessoas”

“Construa lares e albergues para a Juventude”

“Cada garota pertence a nós”

“1933: Estudantes e professores judeus expulsos das escolas”
“Crianças, o que vocês sabem do Führer?”

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