O Tim Ferriss é um dos autores mais controversos da atualidade. Primeiro, inspirou uma geração de pessoas a largar o emprego de escritório e viver um lifestyle diferente, com o livro Trabalhe 4 Horas por Semana.
A fórmula proposta inclui atividades como a Dieta Informacional, que causa muita indignação ao propor uma alienação do cidadão em desligar a TV e nunca ler jornais, para dedicar o tempo livre em suas prioridades. Quando comentei sobre a técnica dentro do contexto dos conflitos no Rio de Janeiro, ouvi diferentes pontos de vista que complementam a visão radical do Ferriss.
Estou devendo um post mais detalhado para o PdH sobre os motivos pelos quais acho que existe muita ideia do Trabalhe 4 Horas por Semana que são pura jogada de marketing. Por exemplo, numa palestra de alguns anos atrás, o próprio Tim Ferriss confessou que trabalha muito mais do que as tais quatro horas. Porém, ele considera suas longas jornadas como "diversão", não trabalho.
Se por um lado existe um jogo de palavras e interpretações, também tem um fundo de verdade. Ontem eu entrevistei o Guilherme Valadares para um projeto que estamos tocando juntos. Seja de propósito ou não, ele deixou muito claro que tem uma visão de empreendedorismo que alinha a paixão em se dedicar totalmente. Isso, porém, não é um sacrifício. O trabalho feito com tesão é inclusive mais eficiente.
O problema é que o marketing do Ferriss vai até no título, que é chamativo e não necessariamente entrega o que é prometido. Pra inventar o título The Four Hour Workweek, Ferriss usou o Google Adwords criando anúncios usando palavras como "viagem pelo mundo", "aposentar cedo" e outras palavras, e foi contando quantos cliques cada opção recebia.
Levando isso em conta, o que é podemos esperar do novo livro, com o nome de The Four Hour Body?
publicado em 03 de Dezembro de 2010, 10:02
