Slackline para quem quer bambear a corda bamba

É bem provável que já tenha visto em algum programa de televisão ou na sua cidade algumas pessoas nas praças ou parques andando e pulando sobre um "elástico" não é mesmo? Pois bem, esse é o Slackline.

E não se trata de um elástico, é uma fita, semelhante a essas que amarram cargas em semirreboques.

A peripécia, conhecida no Brasil como Corda Bamba ou Funambulismo, se baseia no equilíbrio do corpo durante um determinado percurso sobre uma fita tensionada e ancorada em uma determinada altura. Altura essa que é atribuída pelo praticante de acordo com sua habilidade.

Link Vimeo | Modo básico

O Funambulismo chama a atenção do público e quase não possui restrições. A ressalva consiste em conseguir manter o controle físico e mental, o foco e conseguir "andar na linha".

O Slackline surgiu na década de 80 nos EUA. Sua prática deu início por escaladores, que no tempo livre resolveram esticar uma fita entre duas árvores e se divertir. Anos passaram e a técnica foi evoluindo junto com seu equipamento.

A princípio, o objetivo parece ser somente andar sobre uma fita. E, realmente, é apenas tentar se equilibrar. Porém, dar os primeiros passos pode ser uma tarefa muito difícil. Com o tempo, a prática se torna como pedalar uma bicicleta. Você vai cair, é claro, mas com um pouco mais de força de vontade pode conseguir umas acrobacias básicas.

Contudo, por que não ir mais além? Existem tipos diferentes de manobras, de acordo com as modalidades, que são:


  • Trickline: A que chama mais atenção, por suas manobras envolverem saltos e acrobacias.

  • Highline: Basta colocar a fita a uma altura suficiente para que você não queira cair de maneira alguma. Geralmente praticado em montanhas (com cinto de segurança).

  • Waterline: Ancorar a fita sobre a água.

  • Longline: Fita com distancia acima de 30m.

  • Yogaline: Por ultimo, não menos importante e também não menos difícil, consiste em efetuar as manobras de Yoga na fita – o que exige muita concentração.

A reação que a fita causa nas pessoas é das mais adversas possíveis. Não é muito difícil ouvir frases como:

"esse cara lá em cima é louco"
ou
"me leva a mal não, mas pra quê ficar andando nessa corda?"

Porém, após algum tempo, é comum surgir curiosidade e alguém querer participar. Fico muito feliz quando vejo aquela pessoa que apenas nos observava se interessando.

E se o slackline fosse tratado como um conjunto de exercícios tanto para o corpo quanto para a mente, individualmente ou em equipe? Sou praticante de trekking e também de mountain bike e posso dizer que o slackline é o que tem me tomado maior tempo. Não pela sua dificuldade, mas sim, pelos benefícios físicos, psicológicos e sociais que a prática tem me trazido.

Qualquer um pode se exercitar, de crianças aos mais velhos, passando pelos marmanjos, não importa a idade ou o condicionamento físico – que tende a melhorar com a prática. O Slackline trabalha a musculatura do corpo todo. Pode não parecer, mas manter-se equilibrado por alguns poucos minutos é um exercício corporal e tanto.

Link Youtube | Modo hardcore

Uma única fita pode durar muito tempo e muitas pessoas podem utilizá-la ao mesmo tempo em praticamente qualquer lugar. O equipamento é comumente vendido pelo preço de R$ 130,00 a R$ 400,00 em um kit, envolvendo basicamente, a fita e uma catraca que serve pra tensioná-la. Não custa nada lembrar: quanto mais tensionada, melhor.

Um mesmo grupo de pessoas que se reúne para andar na fita, na maioria das vezes se organizam para uma causa maior e benéfica para a sociedade. O Slackline se destaca por ser um meio hábil para ampliar e exercitar a união entre as pessoas. Não conheço nenhum grupo que após a prática não tenha ampliado sua visão para o próximo.


publicado em 27 de Setembro de 2012, 12:21
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Diego Santos

Graduando em Contábeis, apaixonado por esportes, e amante da dança. Adora produzir músicas eletrônicas, mantem essa atividade como hobby. \r\n\r\nPode ser encontrado no Facebook e no Twitter.


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