Vou puxar o mote que Alex Castro nos deu nesta semana pra começar a conversa: existe o eu?
A gente não consegue dizer com certeza se precedemos alguma existência. Veja, existir implica ser constituído por algo, logo, implica a impossibilidade de ser sozinho, puro ou único.
Não consigo pensar na possibilidade de sermos algo a priori de nós mesmos. Isso é, não consigo conceber um jeitinho sequer de nossa essência preceder nossa existência. Pra mim, vamos nos tornando seja lá o que fazemos das experiências que vivemos e do que fazem de nós.
Se você tem outra possibilidade, por favor, me explique como podemos ser antes de existirmos. Vou gostar de ouvir, e já que estamos todos aqui no mesmo barco, fazemos bem em especular, de qualquer forma.
Incrível como o tom da discussão nos comentários dessa semana girou um pouco em torno disso. Se não somos essência, mas o que nos tornamos, isso quer dizer que há elementos moldadores, aculturadores. Somos o substrato desses elementos somado à nossa habilidade de esculpir formas para ele.
Falamos de cultura, e de gente que escreve aquilo que nos traduz, como Poe. Conversamos também sobre como as pressões dessa cultura moldam quem somos ou queremos ser, seja lá no sexo, no trabalho ou na hora de falar o que pensamos.
Vem dar uma olhada no que rolou.
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Convido todos os que leem este texto a, na caixa de comentários, colocar links ou prints dos comentários em textos desta semana que lhes pareceram mais relevantes. Assim, a gente complementa a lista que vem do lado de cá.
Quais foram os melhores comentários desta semana do lado de lá?
Em Edgar Allan Poe | Homens que você deveria conhecer #55, por Oscar Nestarez
Em O que o ecossistema de start-ups oferece e ninguém tem coragem de falar, por Raissa Klain Belchior
Em Prisão Eu, por Alex Castro
Em É hora de dizer as coisas que tem medo de dizer, por Luciano Andolini
Em Quero viver sem sexo | ID #62, por Frederico Mattos
publicado em 22 de Julho de 2016, 15:19
