Quando trocar o óleo do carro?

Quem nunca se deparou com o famoso "frentista mecânico"? Aquele que, logo ao abrir o capo do carro, encontra mil e um problemas.

É uma cena clássica de um posto de gasolina

— Boa tarde. Completa o tanque, por favor.
— Pois não. Quer que eu dê uma olhadinha na água e no óleo?
— Claro. (abre capo do carro)
(Frentista checa o óleo, se aproxima com o medidor na mão e cara de preocupado)
— Olha, o nível tá baixo viu? Precisa completar.
— Ah não precisa. Vejo isso semana que vem.
— Cuidado hein? Pode fundir o motor. E a viscosidade do seu óleo ta ruim. Também (colocando o dedo no óleo) precisa trocar o óleo.

Atenção nesse post. Vou abordar um pouco do básico sobre lubrificantes de motor para evitar que você seja enrolado. Saiba quando realmente deve-se completar ou fazer a troca.

Pra que diabos serve o lubrificante do motor?

Não é difícil encontrar pessoas que já rodaram de 30  a 40 mil quilômetros sem nunca trocar o lubrificante. Sem contar os milhares de motoristas que mal sabem que existe lubrificante no carro.

O carro é cheio de peças que juntas precisam ser lubrificadas para manter o bom funcionamento e evitar o desgaste. O grande desafio é a troca rápida de temperatura do motor. O óleo precisa manter as características de lubrificante independente do calor ou do frio.

Justamente por isso não colocamos óleo de cozinha ou vaselina no veículo.

Falaram que essa vaselina funciona bem no calor. Falaram

O lubrificante, com o passar do tempo, perde a viscosidade, fator que garante que ele revista bem as peças do motor. Motor sem lubrificante ou viscosidade baixa significa maior atrito entre as peças, prejudicando a vida útil e desempenho do motor e aumentando o consumo de combustível.

Medindo o nível do óleo corretamente.

O procedimento é simples: retire a vareta do motor e limpe a ponta dela, certificando-se de que não ficou nenhum pedaço de pano ou qualquer outro resíduo na vareta. Coloque-a de volta e retire novamente. Observe os dois marcadores na ponta do medidor que indicam o máximo e o mínimo. Se o nível está entre as duas barrinhas, não há necessidade de completar.

Importante: espere pelo menos 5 minutos com o motor desligado antes de medir. Isso é o tempo de escorrer o óleo das partes mais altas do motor até a base do carter. Se você checar antes disso, provavelmente o nível dele vai estar um pouco abaixo do real.

Por isso o frentista picareta pede para verificar o óleo assim que você desliga o carro.

Certifique-se que não ficou nenhum pedaço de pano na vareta

Ok, o nível está realmente abaixo do mínimo. E agora? Completo? Troco? Vai fundir meu motor?

Antes de tudo: descubra quantos quilômetros ainda faltam para fazer a troca completa. É pra isso que colamos aquela etiquetinha no pára-brisa.

O recomendado é sempre fazer a troca completa. No entanto, em carros com maior quilometragem é comum baixar o nível do óleo. Geralmente, 1 litro com 1mil quilômetros rodados. Isso, claro, é especificado no manual do proprietário. Se você fez a troca há pouco tempo e o nível do seu óleo baixou muito, você pode completar. Mas tenha muita atenção nessa hora.

Há dois fatores fundamentais que você precisa saber sobre o óleo que já está no motor do seu carro antes de colocar qualquer produto.


  • Base: Mineral, Semi-Sintético e Sintético.

  • Viscosidade:  30, 40 e 50 para os monoviscosos ou 15w40, 5w40, etc para os multiviscosos.

Você não precisa saber o que significa cada um desses itens e números. Apenas garanta que o lubrificante que você está colocando no carro possui a mesma base e viscosidade do que já está no motor.

Não tem idéia de qual lubrificante vai no motor? Olhe no manual. Ao contrário de manual de celular e notebook, ter o manual do seu carro a disposição é essencial. Se você perdeu seu manual e precisa desesperadamente trocar o óleo do seu carro, minha recomendação: vá até um posto de troca especializado. Locais assim sempre tem uma lista com todas as marcas e modelos de carros existentes indicando qual o lubrificante ideal para o seu carro.

Misturar óleos diferentes pode causar problemas sérios. O frentista picareta provavelmente vai querer te empurrar o produto que ele tem em estoque. Se seu óleo estiver baixo e aquele posto não tiver um de mesma base e viscosidade, não tenha medo das profecias apocalípticas do frentista. Seu motor não vai fundir se você rodar mais alguns quilômetros. É mais importante colocar o produto correto no seu carro.

Dica: Quando fizer a troca de óleo, guarde a embalagem ou rótulo do produto no seu carro. Assim você não corre o risco de esquecer o lubrificante que está usando.

Troca de óleo

Cada base de lubrificante tem uma qualidade diferente e, por consequência, preços e tempo de troca diferentes. Isso varia para cada fabricante de carro e de quantos quilômetros rodados possui o seu veículo. O mais comum:


  • Base Mineral: 5mil km

  • Base Semi-Sintética: 10mil km

  • Base Sintética: 20 mil km

Como eu disse anteriormente, o manual do seu veículo deve recomendar um tipo de óleo específico para o carro. Isso não significa que você não pode tentar outros tipos de base, desde que você faça a troca completa e preferencialmente troque também o filtro.

Se o seu carro é esportivo ou tem um motor de alta performance, o mais recomendado é que você utilize um óleo sintético que mantém a viscosidade constante independente da temperatura. Isso garante a lubrificação correta das peças.

Fique atento também se há necessidade de trocar o filtro - também consta no manual (não falei que era importante?). O normal é fazer a troca do filtro a cada duas trocas de lubrificante. No entanto, alguns fabricantes recomendam trocar o filtro e o lubrificante ao mesmo tempo para evitar mistura do novo com o residual que sobrou.

Quando fizer a troca, compre 1 ou 2 litros a mais e guarde dentro do carro. Assim você não corre o risco de não encontrar o lubrificante correto pro seu carro e completa sempre que precisar. Deixe a embalagem sempre bem tampada pra evitar que entrem resíduos.

É uma foto clichê? É. Mas quem se importa?

Minha experiência:

Uma vez me perguntaram de onde vem a minha birra com os frentistas metidos a mecânico.

Durante a última vez que fiz uma troca de óleo no posto de gasolina o frentista queria me convencer que trocando o filtro de ar do motor diminuiria a minha alergia. Filtro de ar do motor não tem nada a ver com o ar que entra dentro da cabine do motorista. Seria algo tão absurdo quanto um médico te dizer que você precisa de um transplante de rins para enxergar melhor.

Sem contar nas dezenas de histórias que escutei de amigos e, principalmente, amigas que foram enrolados no posto de gasolina e gastaram um monte de grana sem precisar.

Isso foi fator decisivo para eu nunca mais fazer troca de óleo em posto de gasolina. Dou preferência, sempre, para centros específicos de troca de óleo ou direto com o meu mecânico.

Posto de gasolina, na minha opinião, só para abastecer o tanque e calibrar os pneus.

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publicado em 06 de Julho de 2011, 05:00
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Rodrigo Cambiaghi

é especialista em mídia programática, monetização de sites e BI. Reveza o tempo entre filha, esposa, cão, trabalho, banda, moto, games, horta de casa, cozinha e a louça que não acaba nunca.


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