Toda semana participo de uma experiência de aprendizado livre. Entre leituras, riquíssimas trocas de conhecimento e muito diálogo, pouco olhamos com plenitude para o nosso corpo. Deixamos de lado e o subjugamos em detrimento de nossa mente, esquecendo que ele também é nosso eu, responsável por externalizar nosso mundo interno e nos colocar em contato com o outro.
Ainda que seja um movimento inconsciente, precisamos de lembretes contínuos que ele também está ali, querendo e precisando de cuidado e cultivo. Quando isso acontece, voltamos nossa atenção para cada pedacinho desse conjunto de ossos e músculos que nos compõem. É algo bonito de ver. Os convites e rodas se tornam de meditação guiada por um áudio de bodyscan, acordar pelo toque do outro, massagens e abraços coletivos.
E no último encontro, o lembrete se deu pela dança.
Tudo pela vontade de um amigo, que ansiava colocar todos para requebrarem os quadris e lembrar-nos como dançar faz bem, ainda que dê uma vergonha danada. Ele já deixou tudo roteirizado, e iniciou a brincadeira apagando as luzes para honrar o título da primeira música, Dancing in the dark, que logo fez com que todos deixassem as neuras de lado e fossem levados pela canção.
Desconfio que tudo isso foi um plano secreto dele. O que ele queria mesmo era que cada um conhecesse o canal responsável pela música, esse tal de Postmordern Jukebox que falava com ansiedade. E por mais que todos tenham adorado a dança, o que encantou mesmo ali foram os covers tocados, coisa boa e de dar gosto.
Chegando em casa, a primeira coisa que fiz foi colocar os fones e procurar pelo canal. Foi uma surpresa ainda não conhecê-lo, porque descobri que o Postmodern Jukebox não é exatamente novidade: ele foi criado em dois mil e onze e é bem famoso, inclusive já saiu nesse humilde portal em uma lista bem boa de covers. Provavelmente você já se deparou com algo dele nesse mundo maluco da interwebs.
Foi um desafio não passar a noite ali, escutando tudo o que já foi feito. Do início da coisa toda para cá, o canal continua lançado semanalmente algo novo. E tem muita coisa boa.
O sucesso tem um fórmula simples: eles pegam grandes sucessos e canções icônicas e as interpretam em uma estilo bem característico, puxando para o blues, o soul e outros ritmos de antigamente. E daí temos hits pops e clássicos do rock acompanhados por teclados, saxofones e vocais rasgados que até te fazem esquecer da melodia original. É coisa que dá gosto de escutar.
Hoje a trupe está estourada, fazendo turnê mundial e vendo o número de mais de dois milhões de inscritos crescerem a cada dia. Mas parece que, apesar das conquistas e anos de estrada, ainda não é muita conhecida por nossas bandas.
Então, para não me alongar mais, visto que o motivo de estarmos aqui são os vídeos embedados, faço o convite: coloque a galera do Postmodern Jukebox para tocar. É música para escutar feliz, de bater o pé a ponto de deixar quem está perto olhando torto.
E dançar na primeira oportunidade que tiver, como fiz.
Hora de continuar a conversa nos comentários: o que você achou do Postmodern Jukebox? Se já conhecia, qual seu cover favorito? Tem outro canal ou um vídeo específico para compartilhar com a galera? Manda aí, e mostra pra tod@s. Seguimos.
publicado em 11 de Agosto de 2016, 10:50
