Tenho escrito e falado sobre minimalismo.
O mundo já é muito atulhado: busco aconchego no vazio. Tento ser mais minimalista na minha casa, nos meus movimentos, nas minhas emoções, até nas minhas idas à praia.

Antes, eu fetichizava a vida, atrelando momentos felizes a objetos inanimados. Um dia, me irritei por um amigo ter bebido na minha caneca. Decidi que não queria ser essa pessoa. Descobri que jogar fora os objetos não jogava fora os momentos. Deixei a caneca com ele e mudei de país, levando quase nada, vivendo uma vida sem rastros.
Sem exageros. Desapegado até do desapego. Fugindo da ganância aquisitiva de querer ser o mais minimalista, o mais feliz, o que tem menos objetos.
Às vezes, desafiam: “ah, é muito fácil esbanjar a vida toda e de repente virar minimalista!” Talvez, mas quem foi esbanjador está condenado a ser esbanjador pra sempre? Não existe saída?
Existe saída.
Me considero artista. Tenho livros pra vender e aceito mecenato. Mas minha principal criação é a minha própria vida.
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Nos links acima, meus principais textos sobre minimalismo e uma matéria no Valor Econômico, Menos é mais.
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