Milena acabou de se separar do marido e está naquela fase de querer dar pra todo mundo. Eis duas histórias que ela me contou.
O pau encolhido
Milena saiu na noite, caçou um menino ainda cheirando a leite e levou pra casa.
Beijaram, abraçaram, ficaram de sacanagem e, lá pelas tantas, Milena abriu uma gaveta, puxou uma camisinha e passou pra ele. De repente, o grito:
“Olha, não sei o que houve, juro que não sou pequeno assim!”
O pau do garoto, coitadinho, estava livre, leve e solto dentro da camisinha. Só nessa hora é que Milena lembrou que o ex-marido usava camisinha extra-large. Tentou consertar e explicar, mas o estrago estava feito, o clima já era.
Link Youtube | A cena
Depois que o menino saiu, arrasado e arrastando os pés, ela jogou fora todas as camisinhas do falecido, xingando-o até a terceira geração.
O bom ex-marido consegue empatar a vida sexual da gente sem nem estar por perto.
(Aliás, uma matéria da Jezebel sobre os problemas de usar camisinhas do tamanho errado.)
A falta da televisão
Professora de literatura, Milena tinha muitos livros mas nenhuma televisão.
Quando levava para casa os homens que pegava na noite, eles já ficavam um pouco intimidados:
“Hã, onde está a sua televisão? Você não tem televisão? Ai, meu deus, você não é daquelas que odeia TV não, é? Olha, eu até assisto novela, mas eu nem gosto muito, viu? Uia, quanto livro. Você já leu isso tudo? Desculpa eu ser burrinho, nunca fui bom na escola, sabe?”
Alguns até brochavam – provavelmente só pela proximidade de tanta cultura.
Finalmente, resolveu atacar primeiro. Mal os caras entravam no apartamento, ela se desculpava pelo excesso de livros (“são do traste do meu ex-marido, sabe, que ainda não veio buscar!”) e pela falta da tevê (“está no conserto, não repara, não”) e, antes que pudessem responder, já partia pro ataque:
“Tem certeza que esses livros não são seus?”
“Calaboca e me beija!”
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